Ensino superior pode movimentar até R$ 42 bilhões por mês no país

Por JULIO WIZIACK

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ensino superior privado no Brasil pode render até R$ 42 bilhões por mês para as instituições de ensino, segundo uma pesquisa feita pela Geofusion, companhia de inteligência de mercado, com base em dados do IBGE e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

Segundo as projeções da empresa, 51 milhões de pessoas poderiam consumir educação no país em um universo de brasileiros entre 20 e 34 anos, população alvo para a obtenção do diploma de graduação.

A Geofusion já desenvolveu relatórios desse gênero para o McDonald's, Santander e Natura.

De acordo com seu levantamento, em São Paulo são 11 milhões de habitantes na faixa entre 20 e 34 anos. No estado, a projeção é de R$ 16 bilhões mensais em gastos com educação.

Em seguida vem Minas Gerais (5 milhões de pessoas e potencial de R$ 4 bilhões em gastos), Rio Grande do Sul (2,7 milhões de pessoas e R$ 3 bilhões em investimentos), Rio de Janeiro (3,8 milhões e R$ 2,4 bilhões) e Paraná (2,7 milhões e R$ 2,3 bilhões).

Fecham o top 10 estão os estados de Goiás, Bahia, Distrito Federal, Ceará e Santa Catarina, todos com projeção de gastos até R$ 2 bilhões.

A Geofusion afirma que, apesar dos desafios do ensino superior no Brasil, os dados mostram terreno fértil para as mais de 2.000 universidades particulares ampliarem a base de alunos matriculados, desenvolvendo ofertas segmentadas e serviços diferentes por faixa etária.

Dados mais recentes do Inep, coletados no Censo da Educação Superior 2021, mostram que o Brasil conta com 6,9 milhões de alunos matriculados em instituições privadas.