Transição de Lula vê ação reativa e ineficiente da Defesa Civil

Por FÁBIO ZANINI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Grupo de Trabalho do Desenvolvimento Regional da transição de governo vai propor no relatório a ser apresentado na próxima semana uma reestruturação da Secretaria Nacional de Defesa Civil.

Na avaliação até o momento, a área responsável por prevenir tragédias decorrentes de desastres naturais tem atuação muito reativa, ou seja, entra em ação apenas quando o estrago já ocorreu. Esse tipo de abordagem, além de pouco eficiente, é mais caro.

O objetivo é propor um planejamento de longo prazo para gastar menos com ações emergenciais e mais com as estruturantes.

De acordo com Leandro Grass (PV), integrante do GT, há uma preocupação já com o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro, período de chuvas no país. A preocupação é compartilhada com os comandantes dos Corpos de Bombeiros nos estados que se reuniram com o gabinete da transição de governo nesta semana, com o coordenador setorial, governador Helder Barbalho (MDB).

"A ação da Defesa Civil exige muita conversa com estados e municípios. Vamos conversando já para mapear os riscos e estabelecer um ranking de prioridades. Um monitoramento permanente para que os recursos sejam alocados onde é mais urgente e tem mais risco", afirma Leandro.

A recomendação constará no primeiro relatório que o grupo setorial apresentará no próximo dia 30. Este foi o prazo estabelecido pelo coordenador técnico da transição, Aloizio Mercadante, para os primeiros pareceres dos GTs.