Passageiro morre perfurado com canivete em estação de trem em Osasco (SP)

Por FRANCISCO LIMA NETO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um homem foi morto na noite de quarta-feira (4) durante uma discussão na estação Osasco, que recebe as linhas de trem 8-diamante e 9-esmeralda operadas pela concessionária ViaMobilidade. A vítima, de 38 anos, foi ferida com um canivete e morreu ainda no local.

O suspeito do crime, de 56 anos, foi detido e levado para o 5º Distrito Policial de Osasco, onde foi preso.

De acordo com a ViaMobilidade, que assumiu as antigas linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), o crime aconteceu por volta das 19h30, quando os dois passageiros se desentenderam ao desembarcar do trem na estação.

A confusão teria ocorrido numa área próxima às escadas rolantes. Um deles estava com um canivete e golpeou a vítima no peito e no abdômen, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública). O canivete foi apreendido e encaminhado para exames periciais.

A ViaMobilidade afirmou que os agentes de segurança detiveram o suspeito e prestaram os primeiros socorros à vítima. O Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) e a polícia foram acionados, mas a vítima morreu ainda no local.

Foi solicitada perícia ao local e exames do IML (Instituto Médico Legal) ao corpo. O caso foi registrado como homicídio e localização/apreensão de objeto, no 5º DP Osasco.

SEGURANÇA

Casos de violência têm afetado também estações do Metrô, que em setembro iniciou a fase de testes para o uso de detectores de metal. As torres de detecção de metais foram colocadas em frente às catracas das paradas Pedro 2º (linha 3-vermelha) e Saúde (linha 1-azul).

A iniciativa é a primeira medida para o reforço da segurança nas linhas operadas pela companhia.

Outra medida planejada é uma parceria com a Polícia Militar para prevenir a ação de criminosos dentro e no entorno das estações. Segundo os responsáveis, o trabalho dos policiais se dará por meio da Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar).

A Polícia Civil registrou ao menos 15 roubos por dia nos trens e no metrô da capital paulista no terceiro trimestre de 2022. Ao todo, foram 1.343 casos entre julho e setembro. A comparação com outros trimestres é afetada pela falta de padrão no registro das ocorrências.

Seguranças ouvidos sob anonimato apontaram redução no número de seguranças. A estimativa é de um déficit de cerca de 200 seguranças --o quadro atual é de cerca de 1.000 agentes, incluindo aqueles que são afastados rotineiramente por doenças laborais.