Acordo de Mariana pode ser assinado no primeiro semestre de 2023

Por JULIANA BRAGA

O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP, causou uma enxurrada de lama que inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Inicialmente, a mineradora havia afirmado que duas barragens haviam se rompido, de Fundão e Santarém. No dia 16 de novembro, a Samarco confirmou que apenas a barragem de Fundão se rompeu. Local: Distrito de Bento Rodrigues, Município de Mariana, Minas Gerais.

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Segundo o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, o acordo de Mariana pode ser assinado ainda no primeiro semestre de 2023. O imbróglio foi levado à reunião de governadores com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (27).

Ele afirma que a coordenação dos pontos que ainda precisam ser acertados ficará a cargo do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). "Mas já está praticamente finalizado, diria que 95%", relata.

Tanto Casagrande quanto o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), reafirmaram na reunião com Lula que a assinatura do acordo é uma prioridade das gestões estaduais. Em negociação há sete anos, o acordo de reparação pela tragédia do Rio Doce é considerado o maior da história.

O rompimento da barragem da Samarco ?uma joint-venture entre outras duas mineradoras, a Vale e a BHP Billiton? aconteceu em 5 de novembro de 2015.

Um distrito, o de Bento Rodrigues, foi destruído pela lama, que atingiu o rio Doce em todo o seu percurso de Minas até a foz, em Regência, localidade do município de Linhares, no Espírito Santo. O litoral do estado também foi afetado.