Incêndio em presídio de Florianópolis mata três detentos e fere mais de 40

Por Folhapress

PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Um incêndio no Complexo Penitenciário de Florianópolis, no bairro Agronômica, matou três detentos e feriu ao menos outros 43 na tarde desta quarta-feira (15).

Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo teria começado por volta das 12h em um colchão de uma das celas de adaptação, onde os presos passam por uma triagem antes de serem deslocados a uma cela dentro da penitenciária em definitivo.

As vítimas teriam morrido por intoxicação ao inalar fumaça, e as chamas não chegaram a se espalhar para outras alas do complexo.

Conforme a Secretaria da Administração Prisional e Socioeducativa de Santa Catarina, morreram no incêndio um detento catarinense ?Robson da Silva, natural do município de Ponte Serrada?, Danilo Barros, que era da Bahia, e Jerberson de Souza, natural do Ceará.

A secretaria ainda não sabe a causa do incêndio e diz que não estava ocorrendo uma rebelião no local.

Os feridos, todos detentos da penitenciária local, foram encaminhados ao hospital Governador Celso Ramos e ao hospital Universitário ?não há informações oficiais sobre o estado de saúde deles. Os nomes dos presos hospitalizados foram fixados nos muros da penitenciária para informar os familiares.

Em nota, o governo de Santa Catarina declarou que os bombeiros, a Secretaria de Administração Prisional e a Polícia Científica agiram rapidamente para "combater o fogo, descobrir a causa do incêndio, identificar as vítimas e prestar socorro a qualquer outro apenado que possa ter sido afetado".

Conforme o texto, as autoridades foram acionadas quando funcionários perceberam a quantidade de fumaça saindo de uma das celas. Os detentos que morreram já estavam inconscientes quando a ocorrência foi atendida.

Estiveram no local seis equipes de bombeiros com viaturas de combate a incêndio, três ambulâncias do Samu, dois helicópteros e viaturas de outras forças de segurança. Médicos estão no interior da penitenciária atendendo e classificando o estado de saúde dos feridos.

Ao longo da tarde, familiares dos detentos se reuniram em frente à unidade prisional em busca de informações sobre os presos feridos e mortos. Eles realizaram um protesto pedindo informações e explicações às autoridades.