Fervo da Lud tem MPB negra e funks antigos

Por MATHEUS DE MOURA

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Após um longo bloco que abarca quase toda a carreira e gosto musical de Ludmilla, a cantora puxa o final do Fervo da Lud com suas primeiras músicas enquanto funkeira.

O público urrou de alegria quando ela cantou os versos "não olha para o lado/ quem tá passando é o bonde/Se ficar de caozada, a porrada come".

Na época do lançamento da música, a então mirrada jovem Ludmilla ainda se apresentava como Mc Beyoncé e tinha no repertorio apenas funks sujos.

O nome artístico foi abandonado por problemas nunca esclarecidos com seu antigo empresário.

Além de seus conhecidos hits ("Maldivas", "Verdinha" etc.), ela cantou músicas de outros artistas negros no Fervo da Lud.

O público engajou animado quando começou ela a cantar "Descobridor dos Sete Mares", de Tim Maia, e depois seguiu para cantar clássicas de Jorge Ben Jor, cujas músicas sempre embalam a folia carioca.

Após viralizar nas redes com sua atual viagem ao Rio de Janeiro, o cantor norte-americano Daniel Caeser subiu no carro de som de Fervo da Lud e cantou uma de suas músicas mais famosas: Best Part.

A agitação carnavalesca arrefeceu para a sonoridade mais melódica e melancólica do romantismo do R&B. Ao fim, Caesar, que foi avistado num baile funk em Santo Amaro e numa "resenha" com Anitta e L7nnon, disse um "obrigado" carregado em sotaque ianque.