Tarcísio defende prédios mais altos em São Sebastião para ampliar moradia

Por CLÁUDIO OLIVEIRA

SÃO SEBASTIÃO, SP (FOLHAPRESS) - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu nesta quinta-feira (23) a verticalização das edificações em São Sebastião para ampliar a oferta de habitação em área segura na cidade.

A sugestão foi feita após o temporal que deixou ao menos 49 mortos no litoral norte do estado, no último fim de semana.

"Hoje nós temos em algumas áreas com a possibilidade de construção de até 9 metros de altura. A gente quer chegar até 15 metros. A gente teria a condição, numa mesma área, de aproveitar mais o terreno e fazer novas casas", disse o governador durante entrevista coletiva.

O governador defende um plano habitacional com urgência para atender às vítimas da tragédia sebastianense.

"Áreas disponíveis de São Sebastião devem ser transferidas para a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). É o caso das áreas no bairro da Topolândia, com 9.500 m², e uma outra área no bairro Barra do Sahy e uma local com 12 m² em Maresias. São áreas que podem comportar a construção de casas e abrigar essas pessoas".

O governador declarou também ter acordado com a Vale a construção de residências provisórias para desabrigados até a construção das moradias permanentes.

"As casas do projeto 'Vidas de Passagem' conseguem ser construídas em pouco tempo. Assim, os moradores desabrigados poderão ter um espaço digno. O aluguel social e o auxílio moradia também estão no radar, mas há dificuldade em encontrar casas para alugar. Essas famílias pertencem aquele local. Não faz sentido que agora elas morem em Caraguatatuba ou em outra cidade."

Tarcísio afirmou que as casas serão financiadas por empresas, sendo uma delas a Vale. Não foi informado o material de construção dessas residências. Apenas foi dito que elas serão mobiliadas.

Não há prazo para o início das construções. O número de mortos vítimas do temporal que devastou São Sebastião no último domingo, 19, chegou a 49 nesta quinta-feira. Mais de 38 pessoas estão desaparecidas e centenas estão desabrigadas.