Ex-modelo é assassinada e carbonizada em cracolândia de Cotia, na Grande SP

Por PAULO EDUARDO DIAS

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de Cotia, na Grande São Paulo, identificou quatro suspeitos de envolvimento no assassinato da ex-modelo Aline Lais Lopes, 34. O corpo dela foi encontrado carbonizado no dia 25 de fevereiro em uma passarela sobre a avenida Professor José Barreto, no bairro Jardim Josemar.

Dos quatro suspeitos identificados e ouvidos na delegacia, apenas Michele Andrade Ferraz teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça. Ela é suspeita de ter asfixiado a vítima. Todos os outros foram liberados.

Conforme a Polícia Civil, Michele, que não apresentou advogado, confessou o envolvimento no crime. Ela foi levada para a Cadeia Pública de Barueri.

A apuração indicou que a vítima, que era usuária de drogas, foi morta e teve seu corpo queimado em uma casa de shows abandonada, atualmente apelidada de "cracolândia de Cotia". Na sequência, o grupo envolvido colocou o cadáver em um carrinho de supermercado e o abandonou no viaduto.

A polícia suspeita de que Aline tenha sido morta por ciúmes. Michele teria flagrado o companheiro dela, Paulo Lamartine Pereira Alexandria, com a vítima.

De acordo com a apuração, no dia do crime, uma terceira pessoa, identificada como Julia, teria sido responsável por atrair Aline para o terreno sob o pretexto de usarem droga. No local, Michele já estaria aguardando a ex-modelo. A investigação apontou que a vítima teria sido asfixiada com um cadarço ou fio.

Na sequência, os responsáveis pela morte atearam fogo na vítima. O outro suspeito identificado foi Igor Santos Moraes. Ele teria ajudado no transporte do corpo.

O chefe dos investigadores da Delegacia Central de Cotia, Sidnei Eduardo Siqueira, disse que Julia confessou a participação no crime. Em depoimento, Moraes confirmou ter transportado o corpo. Aos policiais relatou ter sido procurado para remover um cachorro, desconfiou do tamanho, mas mesmo assim concordou em fazer o transporte. Já Alexandria negou ter participado do crime e também a suposta traição.

Nenhum deles apresentou defesa, segundo o delegado.

Em depoimento, a irmã da vítima informou que ela morava com a mãe e teve o último contato com a família em 22 de fevereiro.

Conforme a irmã, a ex-modelo usava drogas há cerca de seis anos. Ela deixou um filho de 1 ano e 4 meses, que está sob os cuidados da avó materna.