Lula encontra família de petista morto por bolsonarista e diz que ódio não pode ser aceito

Por CATARINA SCORTECCI E DENISE PARO

CURITIBA, PR - FOZ DO IGUAÇU, PR (FOLHAPRESS) - Na passagem nesta quinta-feira (16) pelo Paraná, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com a família de Marcelo Arruda, o guarda municipal e militante petista morto a tiros pelo policial penal bolsonarista Jorge Guaranho em julho de 2022, em Foz do Iguaçu.

O encontro de Lula com a família ocorreu antes da cerimônia de posse do ex-deputado federal Enio Verri (PT) no comando da Itaipu Binacional, em Foz.

"Encontrei hoje em Foz do Iguaçu a família de Marcelo Arruda, covardemente assassinado por um ódio que não podemos aceitar. Minha solidariedade a sua companheira, Pâmela Silva, e seus filhos, que carregarão a memória e o orgulho do seu pai", escreveu Lula.

Ele divulgou as imagens do encontro em seu perfil oficial no Twitter.

Guaranho está preso e é réu sob acusação de homicídio duplamente qualificado. Ele ainda aguarda julgamento.

Na noite de 9 de julho do ano passado, o policial penal invadiu a festa de aniversário de Marcelo, que comemorava 50 anos de idade com temática do PT, e atirou contra o guarda municipal.

O petista, já ferido no chão, também baleou o bolsonarista, que ficou internado em um hospital antes de ser transferido para a prisão. Câmeras de segurança registraram o crime.

Acompanhada dos filhos, a viúva Pamela Silva descreveu o encontro como emocionante. "A gente fica até sem saber o que falar porque ele é uma pessoa amável, generosa".

Pamela disse a Lula que ela é o marido haviam planejado esse momento juntos.

O filho de Marcelo, Leonardo Miranda Arrudam disse ao presidente que chegou a solicitar aos membros do PT em Foz que Lula enviasse parabéns ao pai por meio de mensagem. "Até falei para ele, foi uma história bem inusitada porque um dia a gente pede para ele mandar parabéns e no outro dia o Lula manda uma coroa de flores".