Escolas estaduais de SP têm aulas interrompidas por furtos de fios elétricos
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Escola Estadual Samuel Wainer, localizada no Grajaú, zona sul de São Paulo, teve fios elétricos furtados em duas ocasiões na última semana. Sem luz, as aulas dos ensinos fundamental 1 e 2 e do ensino médio foram canceladas na última segunda (20).
O caso é ainda mais grave na Escola Estadual Marechal Deodoro, no Bom Retiro, no centro da capital, que recebe alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Parte da fiação elétrica foi furtada há dois meses, e desde então a unidade está no escuro. Os estudantes frequentam as aulas, mas todas precisam ser ministradas enquanto há luz solar.
A Seduc (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) diz já ter iniciado a contratação da empresa que vai fazer o reparo, para o qual será necessário um investimento de cerca de R$ 97 mil. Até agora, segundo a pasta, foram realizados apenas reparos iniciais na escola Marechal Deodoro.
Sobre os furtos recentes na escola Samuel Wainer, a Seduc diz auxiliar a gestão da escola na elaboração de um plano de reposição das aulas canceladas. A unidade usará a verba do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) paulista para serviços de manutenção.
O primeiro furto ocorreu na madrugada da última sexta (17), e o segundo, na noite de domingo (19). Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), as ocorrências foram registradas no 101º DP (Jardim das Imbuias), que instaurou inquérito para identificar o autor do crime e recuperar o material furtado.
Ainda segundo a Seduc, a Enel foi acionada para reestabelecer a energia elétrica, e na manhã de terça (21) os alunos puderam frequentar normalmente a instituição.
Cláudio Silva, 17, aluno do 3° ano do ensino médio na Samuel Wainer, contou que, na sexta-feira, todos assistiram às aulas no escuro até as 15h, quando não era mais possível enxergar os quadros.
"Não avisaram, então todo mundo foi estudar. Situação péssima. Tivemos que passar boa parte do dia sem coisas básicas, como ventiladores funcionando", disse.
Funcionários da escola, que não quiseram se identificar, afirmam ter medo de novos furtos e invasões, pois, segundo eles, a escola está localizada em uma área pouco segura.