Após país atingir 700 mil mortes por Covid, Saúde diz que não pode mais incorrer em erro

Por Folhapress

PJF inicia aplicação da vacina bivalente em pessoas com 75 anos ou mais na segunda

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde afirmou na tarde desta terça-feira (28) que a sua prioridade é aumentar a cobertura vacinal contra Covid. O anúncio foi feito pouco depois após a divulgação de dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) que mostram que o país atingiu, na semana passada, a marca de 700.239 mortes pela doença.

A titular da pasta, Nísia Trindade, afirmou por meio de nota que o momento é de "mobilização nacional" em prol da vacina.

"Nesse momento, estamos vacinando com a dose de reforço contra a Covid-19. Temos que olhar para o passado, mas, ao mesmo tempo, afirmar que o Ministério da Saúde não pode mais incorrer em erro de não coordenar, de não cuidar, de não tratar", disse.

O ministério é responsável por campanhas para mais um reforço da vacinação, agora com a vacina bivalente, que traz maior proteção contra a variante ômicron. É essa cepa a responsável pela maior parte dos casos no Brasil e no mundo.

Segundo o ministério, já foram mais de 6 milhões de doses bivalentes aplicadas. O modelo não é destinado para todos, mas somente para o público com maior risco de desenvolver quadros graves pela infecção causada pelo Sars-CoV-2.

Além da vacina bivalente, o ministério busca aumentar a cobertura com a monovalente, destinado para a população em geral.

O ministério ressalta que a vacinação é a principal ferramenta para evitar mortes e gravidades por Covid. Pesquisas científicas, inclusive aquelas utilizadas para autorizar o uso dos imunizantes no Brasil, concluíram a eficácia e segurança dos fármacos.

O Brasil chegou, na semana passada, ao acumulado de 700.239 mortos por Covid-19, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

O marco traz uma mudança no perfil da mortalidade pela doença em comparação a outros períodos, com maior proporção de óbitos agora em pessoas acima de 80 anos e imunossuprimidas, por exemplo.