Aluno da UFOP é investigado por golpe em colegas para fazer terno de R$ 4 mil

Por Folhapress

Centro de Ouro Preto

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um aluno da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) está sendo investigado por vender ingressos que não existiam e usar dinheiro para gastos pessoais.

O jovem de 26 anos, era vice-presidente da Comissão de Formatura e teria vendido cerca de 100 ingressos que nunca foram entregues aos compradores.

Segundo as vítimas, cada entrada para o baile de formatura teria custado entre R$ 350 e R$ 400. Os valores foram depositados diretamente para o aluno, que prometeu entregar os ingressos no dia 30 de março, para a festa que aconteceu no dia 1º de abril.

No dia da festa, a PM foi chamada após as pessoas que foram enganadas irem até a casa do suspeito cobrar respostas. Os policiais disseram que encontraram dezenas de pessoas "vestidas para um evento de gala".

À polícia, um homem que se apresentou como advogado da comissão disse que a comercialização não era de competência do estudante, e que a venda foi de "aproximadamente 100 convites, por R$ 700 cada".

Não foi informado se as vítimas do golpe puderam comparecer à festa.

O QUE DISSE O SUSPEITO

Aos policiais, o jovem disse que começou os preparativos para o evento há um ano, "desorganizou-se com as finanças da comissão", que recebeu os valores dos colegas diretamente na sua conta e se "apropriou do dinheiro para custear anseios pessoais".

Entre os gastos, estavam um terno feito sob medida para a festa, no valor de R$ 4 mil, e o pagamento de passagem aérea para sua irmã, que mora em outro país, se deslocar e estar presente na formatura. O restante teria sido usado para gastos do cotidiano, como alimentação, e compra de roupas e objetos variados.

Ainda segundo relatou à polícia, ele tem, atualmente, R$ 600 na conta corrente. Ainda no sábado (1º) ele foi preso pela PM. Ouvido ontem pela Polícia Civil, ele foi liberado e agora é investigado pela "suposta prática de estelionato durante a venda de ingressos para baile de formatura".

A reportagem tenta contato com o estudante acusado do golpe. Caso tenha retorno, esta nota será atualizada.

No dia do evento, a comissão fez uma publicação no Instagram para informar sobre a venda de ingressos falsos. O grupo disse não usar nome de terceiros nas transações, e indicou que os lesados procurassem a PM ou Polícia Civil para registrar a ocorrência.

"Nossa Comissão não compactua com essa situação na mesma medida que condena veementemente qualquer ato criminoso. A Comissão está tomando as medidas cabíveis e legais", declarou em mensagem a comissão de formatura.