Emirados Árabes autorizam extradição de Thiago Brennand ao Brasil, diz TV

Por FABÍOLA PEREZ

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Autoridades dos Emirados Árabes aprovaram o pedido de extradição do empresário Thiago Brennand, 42, suspeito de agressão e estupro, para o Brasil. A informação é da TV Globo.

Uma das vítimas do empresário disse ao UOL que seu advogado recebeu a informação da extradição. Brennand foi preso em outubro de 2022, em Abu Dhabi.

A aprovação da extradição já era esperada. Outra vítima contou que seu advogado havia sido informado de que isso poderia ocorrer nesta semana.

Em viagem aos Emirados Árabes, Lula declarou que não discutiu 'esse assunto'. O presidente chegou neste sábado (15) ao país do Oriente Médio e foi questionado sobre o tema.

Até o momento, existem cinco mandados de prisão preventiva no Brasil contra Brennand. As acusações são de agredir uma modelo, sequestrar e tatuar uma segunda mulher e estuprar uma jovem e uma miss. Além disso, ele é alvo de acusações de agressão contra o próprio filho, um adolescente de 17 anos.

Thiago Brennand

Em vídeos compartilhados nas redes sociais, Brennand nega todas acusações. O empresário declarou na semana passada que pretende voltar ao Brasil e que "provavelmente será preso injustamente".

Brennand foi denunciado oito vezes pelo Ministério Público de São Paulo. Ele é acusado de crimes sexuais. Um vídeo mostrou ele agredindo uma modelo em São Paulo. As acusações começaram quando o empresário foi flagrado, em agosto do ano passado, por câmeras de segurança agredindo uma modelo em uma academia de luxo de um shopping em São Paulo.

A prisão nos Emirados Árabes Unidos ocorreu após o nome dele aparecer na lista de difusão da Interpol. O empresário viajou para o Oriente Médio no dia 4 de setembro do ano passado, com expectativa de retorno ao Brasil em 18 de outubro.

A prisão preventiva foi decretada em 27 de setembro. Até então ele era considerado foragido da Justiça. A mudança de status ocorreu quando Brennand desobedeceu ordem da juíza Erika Soares de Azevedo Mascarenhas, que havia dado até o dia 19 de setembro para ele voltar ao Brasil.

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