Médico indiciado por abuso sexual de paciente em MG está foragido
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um cirurgião plástico é considerado foragido pela polícia de Minas Gerais após ter sido indiciado por abusar sexualmente de uma paciente de 33 anos.
Hudson de Almeida, 53, é professor universitário, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e atende em um consultório próprio no interior de Minas. Procurado por email e pelas redes sociais, ele não se manifestou.
Almeida foi indiciado pelo crime de violação sexual mediante fraude contra a paciente em Alfenas, no sul do estado. O médico não foi encontrado em sua casa e é considerado foragido, de acordo com a Polícia Civil. O pedido de prisão preventiva foi concedido pelo TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais).
Além do caso de agora, o médico já havia sido indiciado por estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude, em 2021, mas seguiu atuando. Segundo a Polícia Civil, os processos seguem em segredo de Justiça. A TV Globo mostrou que, àquela época, três mulheres o denunciaram.
O crime era praticado quando as mulheres iam à consulta e passavam por procedimentos não autorizados, segundo reportagem da EPTV, afiliada à TV Globo.
Um das vítimas concedeu entrevista à EPTV, mas pediu para não ser identificada. Ela disse que o abuso representou "invasão da privacidade" e gerou "muitos problemas emocionais e muita ansiedade".
"Ele fez toques no meu corpo que não eram profissionais. Ele fez insinuações do meu corpo, das minhas partes íntimas e foi extremamente constrangedor. (...) Foi tão chocante, eu fiquei sem reação. Só queria sair dali", disse.
Segundo a polícia, a cópia dos autos, com pedido de apuração administrativa e perda do registro profissional, foi encaminhada ao CRM-MG (Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais). O UOL tenta contato com órgão para saber quais serão os procedimentos adotados neste caso. Quando houver retorno, esta nota será atualizada.
Denúncias
A polícia orienta a quem souber do paradeiro de Hudson de Almeida que acione a Polícia Civil ou o Ministério Público, pelo 197 ou pelo Disque Denúncia 181. O anonimato na denúncia é garantido.