Conselho de políticas sobre drogas terá eleição após ser esvaziado por Bolsonaro
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Conad (Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas), sob jugo do Ministério da Justiça, voltará a ter amplo espaço para representantes da sociedade civil após Jair Bolsonaro (PL) ter reduzido essa participação em seu primeiro ano na Presidência.
A pasta fará uma inédita eleição para escolher dez representantes de fora do poder público para integrar o Conad, que terá ainda cinco vagas preenchidas por indicação. As inscrições para concorrer vão até 24 de maio.
O conselho, criado em 2006 por Lula (PT) e responsável por coordenar políticas públicas sobre drogas, virou alvo de Bolsonaro em 2019.
Na época, o então presidente disse que "a esquerda se infiltrou em nossas instituições e passou a promover sua ideologia travestida de posicionamentos técnicos" para justificar um decreto que excluiu postos direcionados à sociedade civil.
Saíram, por exemplo, um jurista indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil, médico, psicólogo e enfermeiro sugeridos por conselhos federais e nomes apontados pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e pela SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).