Lula responde a Mark Ruffalo após críticas à Cúpula da Amazônia

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) respondeu neste domingo (13) a críticas feitas pelo ator americano Mark Ruffalo ao texto final da Cúpula da Amazônia. O intérprete do personagem Hulk, assim como outros ambientalistas, apontou que a declaração do encontro não tem metas concretas de proteção à floresta amazônica.

O ator havia publicado um texto de opinião no jornal britânico The Guardian em 6 de agosto, no qual chamava a atenção para o encontro que reuniu os líderes de países que integram o bioma. Dias depois, na última quinta (10), Ruffalo escreveu no seu perfil na rede social X (antigo Twitter) mensagens direcionadas a Lula.

"Me parte o coração ver que a Declaração de Belém da #CúpuladaAmazônia não tem metas concretas para proteger a floresta", disse.

O ator elogiou Lula, chamando-o de "um dos meus heróis", e afirmou que foi graças à liderança do presidente que a cúpula "estabeleceu proteções fundamentais para os povos indígenas". Ruffalo, porém, avaliou que só "isso não impedirá o colapso da floresta".

"A emergência para proteger a Amazônia é uma emergência climática ?e nós não temos tempo a perder", disse.

Neste domingo (13), Lula respondeu às mensagens, também por sua página no X. "A Cúpula da Amazônia reuniu países da região de forma inédita para isso. Foi um passo a mais em uma trajetória para transformar a região com um modelo que combina desenvolvimento sustentável e preservação ambiental", publicou o petista.

Lula também defendeu que o texto da cúpula estabeleceu diversos mecanismos para a proteção da floresta amazônica. "É o ponto de partida para a construção de um consenso em torno da proteção da Amazônia. E os países da América do Sul estão conscientes dessa importância", completou.

O presidente encerrou a série de mensagens enviando um abraço a Ruffalo e convidando-o a visitar em breve a Amazônia.

Para ONGs ambientalistas, o texto final da cúpula falhou ao não ter metas para zerar o desmatamento da floresta e para barrar a exploração de petróleo na região, entre outros pontos.