Mulher de 29 anos é morta com tiro na cabeça na Baixada Santista; ex-marido é suspeito
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A polícia de São Vicente, na Baixada Santista, está investigando o assassinato de uma mulher de 29 anos, na manhã deste sábado (16), em sua casa.
O principal suspeito é o ex-marido, de 31 anos, que teria se matado em seguida.
Segundo boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para atender a um caso de feminicídio. Dentro do imóvel, no bairro Jóquei Clube, Carla Ingridy de Oliveira foi encontrada morta com um tiro na cabeça.
O suposto autor dos disparos também morreu --ele estava com uma arma de fogo em seu peito.
Ainda segundo o registro policial, um vizinho afirmou ter ouvido os dois discutindo e, em seguida, o barulho de três disparos.
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), essa testemunha foi até a casa da vítima e viu o homem ainda com vida, quando ligou para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e para a Polícia Militar.
Segundo a polícia de São Vicente, o casal teria se separado no ano passado.
A arma utilizada no crime foi apreendida e encaminhada para perícia técnica.
O caso de violência foi registrado como homicídio e instigação ao suicídio na Delegacia de Polícia de São Vicente.
Classificado como homicídio praticado contra a mulher por razões da condição do gênero feminino e em decorrência da violência doméstica e familiar, o feminicídio está previsto em lei sancionada em março de 2015.
O estado de São Paulo registrou 195 casos casos de feminicídio em 2022, 43,3% mais do que no ano anterior, quando foram 136 assassinatos de mulheres causados pela condição de gênero.
Os dados integram a 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
VIOLÊNCIA CONTRA MULHER - COMO DENUNCIAR
No caso de urgência, ligue para o 190
Para atendimento multiprofissional, na cidade de São Paulo, vá a Casa da Mulher Brasileira (r. Vieira Ravasco, 26, Cambuci, tel.: 3275-8000) ?local funciona 24 horas todos os dias. A mulher tem acesso a delegacia, Ministério Público, Tribunal de Justiça e alojamento provisório se não puder voltar para casa.
Na Ouvidoria das Mulheres do Ministério Público, por meio de um formulário online.
Projetos como Justiça de Saia, MeTooBrasil e Instituto Survivor dão apoio jurídico e psicológico para as mulheres vítimas de abuso e violência doméstica.