MEC faz acordo com ONG para levar internet a escolas, e Fundação Lemann defende parceria
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após a repercussão de um acordo firmado entre o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ONG MegaEdu, ligada ao grupo do empresário Jorge Paulo Lemann, a Fundação Lemann defendeu o acordo de cooperação com o MEC (Ministério da Educação).
Em nota, a fundação disse que "sempre estabeleceu (e continuará estabelecendo) relações técnicas e pautadas pela transparência com os diversos governos" do país.
Na segunda-feira (25), o jornal O Estado de S.Paulo noticiou que a MegaEdu dará apoio técnico para uma política de conexão à internet nas escolas públicas.
Pelo acordo firmado, a MegaEdu será uma das entidades que dará suporte ao MEC para opinar sobre como devem ser usados os R$ 6,6 bilhões de recursos que o governo federal vai destinar para o projeto de conectividade. O extrato de cooperação foi publicado em 14 de agosto no Diário Oficial da União.
"Entendemos que somente um esforço conjunto entre poder público, organizações do terceiro setor, academia e sociedade em geral será capaz de promover transformações positivas e de grande impacto para o Brasil e sua gente", afirmou a fundação, na nota.
"Reiteramos que nenhum relacionamento com o poder público envolve qualquer tipo de transferência de recursos financeiros ou visa a interesses econômicos", acrescentou.
"A Fundação Lemann olha atentamente para a relação da tecnologia com a educação para fins de aprendizagem desde 2015, tema que se mostrou ainda mais relevante com a pandemia. Naquele momento, apoiamos 12 milhões de alunos a estudarem de forma remota, por meio de uma coalizão que reuniu dezenas de organizações que também atuam com educação", disse.
A MegaEdu, por sua vez, afirma que nasceu com o objetivo de "levar internet de alta velocidade para todas as escolas públicas do Brasil" e, com isso, fez um estudo sobre a conectividade das escolas do país, o que resultou na parceria com o MEC.
"A MegaEdu não indica tecnologias ou operadoras que devem ser adotadas por quaisquer governos, não participa da decisão de parcerias e compras públicas nem recebe qualquer contrapartida financeira de nenhuma empresa de telecomunicações", disse, também em nota.