Dino diz que morte de médicos foi execução e aponta hipótese de ligação com atuação de parlamentares

Por RENATO MACHADO

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Justiça, Flávio Dino, classificou como "execução" o assassinato de três médicos em um quiosque na cidade do Rio de Janeiro e diz que determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações, considerando que um deles era ligado a dois deputados federais.

"Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. Minha solidariedade à deputada Sâmia, ao deputado Glauber e familiares", escreveu o ministro.

Três médicos foram assassinados na madrugada desta quinta-feira (5) em um quiosque de praia na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Um quarto médico ficou ferido e foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, no mesmo bairro.

Dois dos mortos são de São Paulo e o terceiro é da Bahia. As vítimas são Marcos de Andrade Corsato, 62, Diego Ralf de Souza Bomfim, 35, e Perseu Ribeiro Almeida, 33. Eles estavam na cidade para participar de um congresso internacional de ortopedia.

Diego Ralf de Souza Bomfim é irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e também cunhado de Glauber Rocha (PSOL-RJ) --que é casado com Sâmia.