Autor de disparos em escola de Sapopemba, em SP, era alvo de bullying, diz mãe de aluna

Por ISABELA PALHARES

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O aluno autor do ataque a tiros dentro da escola estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, era alvo de bullying e agressões na unidade, segundo o relato de pais e estudantes. O adolescente, de 16 anos, foi apreendido pela Polícia Militar na manhã desta segunda-feira (23).

O adolescente entrou armado na escola e atirou contra estudantes. Uma aluna foi morta e outros três ficaram feridos.

Segundo Jéssica Mattos, mãe de uma estudante da unidade, o menino era constantemente alvo de humilhações. Ela contou que ele, inclusive, foi alvo de agressões físicas dentro da escola.

"Ele era agredido e os alunos filmaram um dos episódios em que ele apanhou dentro de sala de aula", disse Jéssica.

A filha de Jéssica estava na escola quando os disparos foram efetuados. Ela contou que os estudantes se esconderam nas salas de aula, trancaram as portas e colocaram cadeiras para evitar que o atirador entrasse.

"Eles ficaram escondidos dentro das salas até que uma funcionária apareceu para orientá-los a sair da escola", contou.

Os feridos foram socorridos ao pronto-socorro do Hospital Sapopemba. A aluna foi atingida por um disparo na cabeça. Outros dois estudantes tiveram ferimentos no ombro e no tórax e um quarto, machucou a mão ao fugir.

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentou o episódio.

"O Governo de SP lamenta profundamente e se solidariza com as famílias das vítimas do ataque ocorrido na manhã desta segunda-feira (23) na Escola Estadual Sapopemba. Nesse momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares", informou em nota.

"Durante o ataque a tiros, três alunos foram atingidos. Uma aluna morreu e outros três feridos estão sendo atendidos no Hospital Geral de Sapopemba, sendo um deles que se machucou ao tentar fugir durante o ataque. A Polícia Militar foi acionada e apreendeu o autor dos disparos e a arma utilizada por ele", informou o governo.

A Folha de S.Paulo questionou a Secretaria Estadual da Educação e aguarda posicionamento.

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