Contrato da Sabesp não será frouxo e muito diferente do elétrico, diz Tarcísio
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta segunda-feira (6) que o contrato de privatização da Sabesp não vai ser "frouxo" e será "absolutamente diferente" do acordo de concessão federal do serviço de distribuição de energia elétrica. Ele falou sobre o tema ao comentar o apagão que já dura quatro dias em alguns bairros da cidade de São Paulo, após a tempestade violenta que atingiu algumas áreas da capital paulista na sexta-feira (3).
Tarcísio também reafirmou que o governo do estado continuará tendo participação na Sabesp e, por isso, não irá perder a interlocução com o serviço.
"A grande diferença é que a Sabesp vai continuar sendo a prestadora do serviço e o estado continua na Sabesp, com um contrato que vai ter muito claro quais são as obrigações contratuais. Não é um contrato aberto, não é um contrato frouxo. É um contrato muito descritivo em termos de servidões. Então, é um modelo absolutamente diferente desse modelo do setor elétrico", afirmou o governador.
O governador ainda mencionou que o seu governo e a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), assim como outros prefeitos, enfrentam dificuldade em lidar com os atuais contratos de distribuição de energia porque não são titulares do contrato, firmado com a União nos anos 1990. "Esse contrato não é com o governo e, tampouco, está com a prefeitura."
Nesta tarde, Tarcísio e Nunes receberão no Palácio dos Bandeirantes diretores de concessionárias de energia elétrica que atuam no território paulista. No encontro, Tarcísio pretende reforçar a necessidade de urgência na religação de todos os endereços que ainda estão sem luz e de atualizações dos planos de contingência para eventos climáticos extremos.
A assinatura de um termo de ajustamento de conduta será proposta pelo estado às concessionárias, para que elas assumam responsabilidade pelos prejuízos provocados pelo apagão a consumidores, segundo o governador.
Até a tarde desta segunda, 277 reclamações de consumidores tinham sido registradas pelo Procon de São Paulo, serviço de proteção ao consumidor vinculado ao governo estadual.