Suspeito de sequestrar empresários e roubar R$ 820 mil em caviar é preso
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um homem suspeito de sequestrar empresários para roubar mais de R$ 820 mil em caviar foi preso em flagrante, na segunda-feira (13).
Os dois empresários foram feitos reféns há cerca de 25 dias, segundo a Polícia Civil. O crime ocorreu no aeroporto de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
Os empresários, proprietários de uma importadora, receberam uma pessoa na empresa que encomendou 60 kg de caviar. A encomenda seria para um suposto casamento que ocorreria entre os dias 17 a 19 de novembro.
As vítimas decidiram levar a encomenda pessoalmente, devido ao alto valor e peculiaridade do produto. Eles combinaram que o caviar seria entregue a empresa contratada para o cerimonial do casamento.
No dia combinado, os empresários desembarcaram no Aeroporto Marechal Rondon, com o produto em embalagens de isopor. Eles foram informados pelo contratante que havia um veículo os aguardando em frente à área de desembarque.
O SEQUESTRO
As vítimas entraram no veículo e, após 25 minutos, desconfiaram que estavam sendo sequestradas. Confirmo informações da polícia, as vítimas conseguiram registrar imagens do condutor e do veículo. As fotografias foram enviadas para a esposa de um dos empresários.
Durante o trajeto, o motorista também teria entrado em uma estrada de chão para encontrar mais duas pessoas, uma delas em posse de uma arma de fogo.
Os criminosos retiraram do veículo as malas com o caviar e roubaram os celulares das vítimas. Eles foram ameaçados de morte e tiveram que transferir dinheiro para uma conta. Também foram subtraídos das vítimas duas mochilas com roupas e três notebooks.
Com base nas informações passadas pelas vítimas, os policiais conseguiram identificar o criminoso responsável por sequestrar os empresários no aeroporto e levá-los para o cativeiro. Além de prendê-lo, a polícia também apreendeu o veículo usado no crime.
O suspeito foi reconhecido pelas vítimas como um dos autores do roubo e da extorsão. A Polícia Civil informou que o investigado já possui condenação anterior por tráfico de drogas e é monitorado por tornozeleira eletrônica.
Interrogado pela delegada à frente do caso, Elaine Fernandes de Souza, ele confessou e disse que recebeu R$ 1,5 mil para participar do crime. Em depoimento, o homem também teria afirmado que entregou as malas com o caviar para outro homem nas proximidades do cartório do Capão Grande.
A delegada disse ainda que os outros envolvidos no crime, entre eles um homem e uma mulher, apontados como lideranças da organização criminosa, já foram identificados. "Diligências seguem em andamento para prender todos os envolvidos", esclareceu a polícia.