Polícia prende suspeito de sequestrar adolescente na zona norte do Rio

Por CAMILA ZARUR

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Um homem foi preso na quarta-feira (17) por suspeita de envolvimento no sequestro do jovem Paulo Victor Vieira Souza, 16, em Brás de Pina, na zona norte do Rio de Janeiro. O adolescente foi levado por homens armados no último domingo (14), enquanto soltava pipa no bairro.

Souza é a terceira pessoa sequestrada em um período de dez dias nas proximidades do Morro do Quitungo, em Brás de Pina. A Polícia Civil investiga os casos, e a suspeita é que o mesmo grupo criminoso esteja envolvido nos desaparecimentos.

O suspeito foi detido por policiais militares no mesmo bairro em que ocorreram os sequestros. A polícia afirma que chegou até ele por meio de informações repassadas ao Disque Denúncia. O homem foi levado para a 38ª DP (Brás de Pina), onde foi autuado em flagrante, segundo a Polícia Civil.

Apesar da prisão do suspeito, ainda não há informações sobre o paradeiro do adolescente. A polícia não deu detalhes sobre a prisão em flagrante, e também não informou se o homem detido já tem advogado.

Souza foi sequestrado próximo à estação de trem de Brás de Pina. A cena foi flagrada por uma câmera de segurança.

Pelas imagens, é possível ver o momento em que o adolescente é puxado por um homem armado até uma moto. Ele então é colocado na garupa e desaparece com os criminosos.

Além de Souza, foram sequestrados em Brás de Pina o entregador Wagner Motta Neves, 33, no dia 4 de janeiro, e Wagner Santana Vieira, 36, no dia 8. O primeiro, levado por homens armados enquanto trabalhava, continua desaparecido.

Já Vieira visitava a família, que mora no bairro, quando foi sequestrado. Dias depois, o corpo dele foi encontrado no rio São Carlos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Os casos são investigados pela delegacia de Brás de Pina e pela DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros).

A família de Souza fez um protesto em frente à delegacia do bairro pedindo celeridade na investigação. A mãe do adolescente, Célia Damasceno, chegou a passar mal.

"Não, eu não aceito essa covardia que fizeram com o meu filho. O garoto não estava fazendo nada. Por que eles fizeram isso?", disse à TV Globo.