Policiais vestidos como foliões se infiltraram em blocos em SP
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Camisas floridas, chapéu panamá, óculos com lentes espelhadas, pochete, glitter, bonés e bermudas rasgadas: eles pareciam foliões como muitos que foram às ruas durante o Carnaval, mas eram policiais a trabalho. A ação fazia parte do esquema de segurança durante o feriado prolongado na cidade de São Paulo, segundo a Polícia Civil.
Agentes à paisana estavam no meio da multidão para coibir furtos e casos de violência. Eles se concentraram nas áreas dos megablocos da capital, como a República, no centro, e o parque Ibirapuera, na zona sul.
De acordo com a corporação, com a ação foram recuperados 183 celulares e 598 cartões bancários roubados, e 54 pessoas foram presas.
Em nota enviada à imprensa antes do Carnaval, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) havia dito que policiais com trajes civis estariam "em meio ao público para observar atitudes suspeitas e evitar crimes, avisando a central de operações sobre possíveis indivíduos em atitudes suspeitas".
Ainda segundo a pasta, tanto os policiais que se infiltraram nos blocos como outros que atuaram na segurança dos cortejos, fardados e circulando em pontos estratégicos, estavam treinados para lidar também com casos de importunação sexual.
FURTOS E ROUBOS DE CELULARES CAÍRAM, DIZ SSP
O esquema de segurança durante o Carnaval, que mobilizou 15 mil policiais em todo o estado, teve como foco diminuir os roubos e furtos de celulares -algo que já havia ocorrido no ano passado.
Segundo a SSP, houve queda de 48% nos furtos e roubos de aparelhos celulares em 2024, em relação ao Carnaval de 2023. Foram 686 ocorrências envolvendo celulares (597 furtos e 89 roubos) neste ano, contra 1.320 casos do tipo entre o sábado e a terça-feira de Carnaval do ano passado.
A secretaria relata ainda uma queda de 9,3% nos roubos e furtos em geral no estado neste Carnaval.