Instalação de câmeras de segurança em SP atrasa, e consórcio pede mais prazo

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O consórcio de empresas contratado pela Prefeitura de São Paulo para instalar e operar as câmeras com tecnologia de reconhecimento facial vai atrasar a entrega das imagens, cujo prazo se encerra às 23h59 desta sexta-feira (16). Há previsão de sanção administrativa em caso de descumprimento.

Das 5.000 câmeras estabelecidas para esta fase inicial do programa Smart Sampa (até o final de 2024 deverão ser instaladas 20 mil câmeras), apenas 2.963 tiveram as imagens disponibilizadas pelo consórcio Smart City SP, formado pelas empresas CLD - Construtora, Laços Detentores e Eletrônica Ltda, Flama Serviços Ltda, Camerite Sistemas S.A. e PK9 Tecnologia e Serviços Ltda.

Em nota enviada na noite desta sexta, o consórcio afirmou que vai pedir mais 30 dias para a execução desta primeira fase do contrato. A prefeitura, por sua vez, respondeu que aguarda o envio dos documentos que embasam o pedido das empresas para avaliar a prorrogação do prazo.

Em nota, o Smart City SP alegou que o atraso se deu "em razão de dificuldades e obstáculos encontrados durante a execução do contrato", mas não especificou quais seriam as situações.

O custo mensal do serviço será de R$ 9,8 milhões. De acordo com a Secretaria de Segurança Urbana, o contrato prevê pagamento apenas após a disponibilização das imagens, e não a partir da instalação dos equipamentos. O consórcio diz ter instalado as 5.000 câmeras, mas parte delas ainda aguarda procedimento para envio das imagens.

Os primeiros equipamentos com reconhecimento facial começaram a funcionar na cidade no último dia 9. Uma mulher que estava desaparecida havia 15 dias foi encontrada na rodoviária do Tietê, na zona norte da capital.

Guardas-civis e técnicos da Secretaria de Segurança Urbana passaram por treinamento para analisar os alertas feitos pelo sistema. No caso de foragidos, a semelhança deve ser de ao menos 90% -caso contrário, são descartados.

Uma central de monitoramento foi montada no prédio do Palácio dos Correios, no Anhangabaú, onde 40 agentes da GCM analisam as imagens 24 horas por dia.

Para evitar o roubo dos equipamentos, foi instalado um dispositivo de proteção chamado pela prefeitura de "chapéu chinês": um círculo com varetas de metal penduradas nos postes. A ideia da estrutura é que, caso alguém escale o poste para arrancar os equipamentos dali, não consiga movimentar os braços e as mãos por causa da proteção metálica.