Alexandre Nardoni deixa semiaberto para ir ao velório da mãe em SP

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella, Alexandre Nardoni deixou a penitenciária de Tremembé, onde cumpre pena no regime semiaberto, para acompanhar o velório e o enterro da mãe no cemitério Parque dos Pinheiros, na zona norte de São Paulo, nesta quinta-feira (29).

Maria Aparecida Alves Nardoni morreu aos 67 anos nesta quarta-feira (28). Nardoni chegou ao cemitério, onde também está enterrada a filha Isabella, por volta das 14h, dentro de um camburão e escoltado por veículos da Polícia Penal.

Ex-mulher de Nardoni, Anna Carolina Jatobá estava presente com os dois filhos adolescentes e visitou o túmulo de Isabella antes de se dirigir para a capela onde ocorria a cerimônia. Ela cumpre pena no regime aberto desde junho do ano passado, após ser condenada pelo crime em março de 2010.

Nardoni progrediu para o semiaberto em 2019, depois de cumprir 11 anos de prisão em regime fechado. O semiaberto permite que ele trabalhe fora da prisão durante os dias da semana e deixe o presídio em cinco oportunidades ao longo do ano, em datas comemorativas.

Para acompanhar o velório da mãe, Nardoni obteve autorização para antecipar dois dias da saída temporária prevista para março, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo.

Em nota, a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) afirmou que "o comparecimento de presos a velório de parentes próximos está previsto na Lei de Execução Penal".

O ex-casal foi condenado por homicídio triplamente qualificado e fraude processual (por ter alterado a cena do crime). Em 2008, a menina foi asfixiada e jogada do sexto andar do prédio onde o casal morava, na zona norte da capital paulista.

Dos cinco dias de julgamento do júri, em 2010, a mãe de Nardoni acompanhou apenas o penúltimo, quando o filho e Anna Carolina foram ouvidos. Ela saiu do plenário no momento em que o filho chorou ao vê-la momentos antes do julgamento.

Na primeira visita ao filho na penitenciária, Maria Aparecida foi descrita por outros familiares de presos como a mais abalada e emocionada com o reencontro.