PM de Minas mata dois durante cavalgada na região de Belo Horizonte
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Duas pessoas foram mortas a tiros pela Polícia Militar de Minas Gerais durante uma cavalgada em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, na noite deste domingo (10). A corporação afirma que as mortes ocorreram após reação a uma tentativa de conter princípio de tumulto em que dois policiais ficaram feridos.
Vídeo divulgado pela população nas redes sociais mostram um policial atirando em meio a participantes da cavalgada, que é uma festa comum no interior de Minas em que cavaleiros fazem determinado percurso geralmente em homenagem a santos.
Em outra gravação um homem aparece deitado dentro de um veículo, enquanto participantes da festa reclamam da ação da PM com um policial. A reportagem não conseguiu contato com familiares ou advogados das vítimas.
Em nota, a PM diz que durante a ação um sargento e um soldado foram atingidos no pescoço por facas.
Além disso, houve, segundo a nota, tentativa de retirar a arma de um policial. Não há confirmação se os mortos são as pessoas que, segundo a corporação, atacaram os PMs.
A cavalgada aconteceu no distrito de São José. Nas imagens dos vídeos, um policial está caído em meio às pessoas. Um outro PM chega e atira. Não é possível ver se é nesse momento que uma das pessoas que morreram é atingida.
Na sequência é possível ver o policial caído se levantando. Em outra cena, após mostrar o homem deitado na parte de trás de um veículo, o homem que faz a filmagem chega para um policial e pergunta, gritando: "Vai carregar o outro também? Vai carregar?"
A PM afirma que os policiais, inicialmente, tentaram técnicas de imobilização nos agressores.
"Em virtude das agressões e dos riscos decorrentes da possível subtração da arma de fogo e para resguardar a vida dos policiais militares e demais cidadãos ali presentes, para repelir a injusta agressão foi necessário o uso de força progressiva", diz o comunicado da corporação.
Os dois policiais foram atendidos no hospital local. A reportagem aguarda retorno da prefeitura sobre o estado de saúde de ambos. A PM afirma que a Polícia Judiciária Militar foi acionada para análise da atuação dos policiais.