Júri condena Edison Brittes Júnior a 42 anos de prisão pelo assassinato do jogador Daniel
Ele, que era réu confesso, já está preso há mais de cinco anos como principal acusado da morte do atleta.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Edison Brittes Júnior, 36, conhecido como Juninho, foi condenado a 42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão em regime inicialmente fechado pelo assassinato do ex-jogador Daniel, do São Paulo. Ele, que era réu confesso, já está preso há mais de cinco anos como principal acusado da morte do atleta.
Daniel Corrêa Freitas tinha 24 anos, quando foi encontrado morto em outubro de 2018. Ele estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado, segundo a polícia.
A sentença do Tribunal do Júri de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, foi lida pelo juiz Thiago Flores Carvalho na noite desta quarta-feira (20), após três dias de julgamento.
A esposa de Edison, Cristiana Brittes, foi absolvida do crime de homicídio, mas foi condenada a um ano de prisão, em regime aberto, por fraude processual e coação no curso do processo.
A filha do casal, Allana Emilly Brittes foi condenada a 6 anos, 6 meses e 6 dias de prisão, tendo determinada a prisão em plenário. Ela responde por fraude processual, corrupção de menor e coação do curso do processo.
A defesa da família Brittes afirmou que vai recorrer, com a finalidade de anular o júri e para a revisão do cálculo da pena aplicada à Edison.
Os outros quatro acusados de envolvimento no assassinato foram absolvidos, são eles: David Willian Vollero Silva, Ygor King, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, e Evellyn Brisola Perusso. Cabe recurso para todas as decisões.
O júri dos sete acusados de participação na morte de Daniel começou na manhã de segunda-feira (18). Ao todo, foram ouvidas 13 testemunhas, incluindo duas sigilosas.
O jogador foi encontrado morto em um matagal em São José dos Pinhais. Tudo aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos da filha de Edison Brittes, Allana, na noite de 26 de outubro de 2018, na qual também estava Daniel, em uma casa noturna de Curitiba. A festa continuou na manhã do dia seguinte na casa dos Brittes.
Edison Brittes alegou, em depoimento à polícia, que cometeu o crime porque Daniel teria tentado estuprar a esposa dele.
O inquérito concluído pela Polícia Civil apontou, no entanto, que não houve tentativa de estupro por parte do jogador contra Cristiana. Além disso, que Cristiana e a filha Allana mentiram em depoimento prestado à polícia, segundo os investigadores.