Neguinho da Beija-Flor canta sucessos no Samba na Gamboa, da TV Brasil
Neste domingo de carnaval (2), às 13h, a apresentadora Teresa Cristina recebe o cantor e compositor Neguinho da Beija-Flor, o maior intérprete da Marquês de Sapucaí, na edição inédita do programa Samba na Gamboa, da TV Brasil.
O astro interpreta sucessos autorais como "Deusa da Passarela", "Malandro é malandro, mané é mané", "Gamação Danada", "Malandro Também Chora" e "O Campeão (meu time)". Ainda interpreta músicas célebres como "Ângela", hit sempre lembrado na sua voz, e a canção "Sorriso Negro", entre outras.
Com quase 50 anos na folia carioca, o bamba recorda sua trajetória artística e fala do amor pela sua escola de samba. Neguinho da Beija-Flor também conta episódios marcantes da carreira na véspera de seu último desfile como intérprete da agremiação de Nilópolis.
A Beija-Flor de Nilópolis percorre a Passarela do Samba na segunda-feira de Carnaval, dia 3, às 23h30.
Bastidores
No papo com a apresentadora Teresa Cristina, Neguinho da Beija-Flor destaca a história de suas obras.
"'Ângela' é meu hino, como 'Travessia' para Milton Nascimento e 'Conceição' para Cauby Peixoto. Nós quase não temos contato, mas Serginho Meriti faz parte da minha história. Ele e o parceiro Alexandre Rodrigues me proporcionaram essa felicidade", comenta.
O convidado fala sobre a origem de outro clássico do seu repertório que mexe com a paixão de todo brasileiro, o futebol. "O Campeão (meu time)" tem seus versos entoados nos estádios por torcidas de norte a sul do país.
"Eu tinha um amigo vascaíno chamado Paulo Ramos, cantor da noite. Ele pediu para eu fazer uma música para a torcida dele. O Eurico (Miranda) não aceitou e ele me devolveu a música. Cantei a letra numa roda de samba no River. Repeti três vezes. Ao sair de lá fui para o Salgueiro e cantei de novo. Essa música virou sucesso em um dia. Na semana seguinte eu gravei. A música aconteceu de fora para dentro. Veio da rua para a rádio. As emissoras passaram a tocar quando a torcida começou a cantar no Maracanã", conta.
Durante a entrevista exclusiva para o programa original da TV Brasil, o artista ainda fala sobre negritude, preconceito racial e grandes ídolos do samba. Ele ressalta personalidades como referência.
Para ele, Laíla, saudoso carnavalesco homenageado pela Beija-Flor em 2025, no último desfile de Neguinho como intérprete da escola, é um mestre do samba e Dona Ivone Lara uma rainha do gênero. Ainda se comove ao recordar performances marcantes na Marquês de Sapucaí.