Catélicos de JF mantêm tradicionais encenações da Paixão de Cristo

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Católicos de Juiz de Fora mantêm tradicionais encenações da Paixão de Cristo

Grupo da cidade preocupa-se em contar a história sob uma ótica diferente, a fim de sair do comum

Jorge Júnior
Repórter
28/3/2012

Mantendo a tradição católica, os fiéis de Juiz de Fora preparam-se para a Encenação da Paixão de Cristo. Segundo o colaborador do grupo Semana Santa do bairro Santa Luzia, Renato Costa, a data é lembrada na região há cerca de 30 anos. "A grande importância é, principalmente, enquanto cristão, destacar a morte e a ressurreição de Cristo, oferecendo um espetáculo em valor litúrgico e também com qualidade técnica, por meio dos figurinos e sonoplastia."

O trabalho é feito de maneira intensa, principalmente na Quaresma. "Quando começa o ano, o cenário e o roteiro já são preparados. Os ensaios começam após o Carnaval, nos fins de semana e o último ocorre no Domingo de Ramos." Segundo Costa, atualmente, o grupo conta com um elenco composto de 25 pessoas, além da equipe de produção com 20 integrantes, totalizando cerca de 45 membros. "O grupo tem um núcleo de pessoas fixas, mas sempre convidamos novos integrantes da paróquia de Santa Luzia e também de outras regiões."

Inovação

Sobre o texto, Costa explica que todo ano o grupo o modifica. "Entre 1995 e 2008, o texto foi construído por meio de relatos bíblicos e diversas outras literaturas que davam embasamento para produzi-lo. Para cada personagem e vestimentas, existe um estudo bem profundo, por meio de pesquisas históricas", afirma.

Mesmo mantendo a tradição, o coordenador diz que nos últimos anos o grupo optou por encenar o momento, dando outra visão para o público. "A intenção é contar de uma forma diferente do que todo mundo já viu. No ano passado, fizemos um espetáculo sob a ótica de Pôncio Pilatos, este ano vamos manter. Já no ano que vem, a ideia é mostrar a data, na concepção de Maria Madalena", adianta. "Sempre tem que dar novos ângulos ao assunto para que a pessoa tenha uma visão diferente", completa.

Investimento

Costa relata que, a cada ano, o trabalho apresenta melhora na qualidade. "Em 2011, tivemos um bom investimento para o figurino dos personagens que fazem parte do exército romano e para o Judas." De acordo com o participante, o grupo preocupa-se em aliar a fidelidade dos trajes com o bolso, porque todo o material é desenvolvido por meio de patrocínios e da ajuda da comunidade.

De acordo com Costa, este ano a peça começa no palco da rua Almiro Ribeiro de Toledo, passando a encenação da crucificação na rua José Nunes Leal, tendo, em média 1h40 de espetáculo. A encenação da vida de Cristo ocorre na Sexta-feira da Paixão, às 19. Na quinta-feira o grupo relembra a prisão de Jesus e no sábado, a ressurreição. Os dois eventos ocorrem na matriz do bairro, na rua Ingrácia Pinheiro, 160, a partir das 22h.

Mantendo a tradição

Outro grupo da cidade que também encena a Paixão de Cristo é o Redentorarte. De acordo com a coordenadora Marilene Loures, 30 pessoas participam do teatro. "Já estamos ensaiando a celebração, como fazemos todo ano. As roupas, que são confeccionadas pelos próprios integrantes, também estão prontas."

Ainda de acordo com Marilene, o grupo opta por manter a tradição bíblica, preferindo não inovar no texto. Este ano, o Redentorarte apresenta-se na Praça Agassis, com o padre Sérgio, às 19h, na quarta-feira, 4 de abril. Na Igreja da Glória, o evento está marcado para às 20h, na Sexta-feira da Paixão.

Os textos são revisador por Mariana Benicá