Vereadora trans é sequestrada no Espírito Santo, diz Polícia Militar
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A vereadora trans Lari Bortolote Marcon (Republicanos), da cidade de Rio Novo do Sul (ES), foi sequestrada na manhã desta segunda-feira (22). A polícia investiga o caso. A parlamentar, a única vereadora trans no Espírito Santo, é conhecida como Lari Camponesa.
Segundo informações da Polícia Militar, o pai da vereadora relatou que, por volta das 7h, estava no curral de sua casa com a filha e outro parente quando dois homens armados chegaram em um carro. Todos foram ameaçados e tiveram mãos e pés amarrados. Lari foi a única levada pelos suspeitos.
Os policiais ainda não conseguiram localizar Lari. Ela estava com o seu celular, mas não foi possível rastreá-lo. Até o momento, nenhum suspeito foi detido.
Sequestradores fizeram pedido de resgate. A família de Lari relatou à polícia que os suspeitos disseram que não fariam mal à vereadora e que manteriam contato telefônico. Um pedido de resgate foi feito à família.
Lari Bortolote, 27, foi a primeira mulher trans eleita em Rio Novo do Sul, cidade que fica a cerca de 114 quilômetros da capital capixaba, Vitória. Ela é a única vereadora trans do Espírito Santo, eleita com 266 votos. Pecuarista, Lari tem como principal bandeira o trabalho no campo, mas também saúde e direitos da população LGBTQIA+.
Em nota, a Polícia Civil do Espírito Santo informou que as investigações estão sendo feitas pela DAS (Delegacia Especializada de Antissequestro) e da SPRS (Superintendência de Polícia Regional Sul).