Castro cresce 11 pontos e lidera disputa no RJ com 37%; Freixo tem 22%, mostra Ipec

Por IGOR MELLO

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Nova rodada da pesquisa Ipec para o governo do Rio de Janeiro, divulgada na noite desta terça-feira (6), mostra que Cláudio Castro (PL), atual governador e candidato à reeleição, cresceu 11 pontos percentuais e lidera a corrida eleitoral com 37% das intenções de voto. Marcelo Freixo (PSB) tem 22% e Rodrigo Neves (PDT), 7%. Os demais candidatos somam 11 pontos percentuais.

Esses números se referem à pesquisa estimulada, quando o entrevistado é apresentado a uma lista de candidatos. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Com a forte tendência de alta manifestada nas últimas pesquisas, Castro passa a vislumbrar a possibilidade de uma vitória no primeiro turno. Isso porque todos os demais candidatos somam 40% dos votos totais, enquanto o governador tem 37%. A diferença de 3 pontos percentuais entre Castro e os adversários está dentro da margem de erro.

O crescimento de Castro ocorre mesmo depois do desgaste que ele sofreu por conta do escândalo dos cargos secretos da Fundação Ceperj, revelado pelo UOL, e da operação da Polícia Federal contra Washington Reis (MDB), seu candidato a vice, na semana passada. Hoje, o TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) negou o registro de candidatura de Reis, obrigando o governador a escolher um novo vice.

PRIMEIRO TURNO

Cláudio Castro (PL) - 37% (+11)

Marcelo Freixo (PSB) - 22% (+3)

Rodrigo Neves (PDT) - 7% (+1)

Cyro Garcia (PSTU) - 4% (0)

Wilson Witzel (PMB) - 2% (0)

Paulo Ganime (Novo) - 2% (0)

Juliete (UP) - 2% (-1)

Eduardo Serra (PCB) - 1% (-1)

Luiz Eugênio Honorato (PCO) - 0% (0)

Brancos e nulos - 13% (-6)

Não sabem/ não opinaram - 10% (-6)

Na última pesquisa, divulgada há uma semana, Castro tinha 26% na pesquisa estimulada, enquanto Freixo aparecia com 19% e Rodrigo Neves, com 6%. Cyro Garcia (PSTU) tinha 4% e Juliete (UP), 3% das intenções de voto. Eduardo Serra (PCB) e Wilson Witzel (PMB) apareciam empatados, com 2%. Paulo Ganime (Novo) tinha 1% e Luiz Eugênio Honorato (PCO) não pontuou.

Na simulação de segundo turno, a diferença entre Castro e Freixo também aumentou para além da margem de erro: Cláudio Castro marcou 43%, enquanto Freixo tem 31% ?uma vantagem de 12 pontos percentuais. Em 30 de agosto, os dois estavam em empate técnico: o governador estava numericamente à frente, com 38%, enquanto Freixo tinha 35%.

SEGUNDO TURNO

Cláudio Castro (PL) - 43% (+5)

Marcelo Freixo (PSB) - 31% (-4)

REJEIÇÃO

Wilson Witzel (PMB) - 44%

Marcelo Freixo (PSB) - 26%

Cláudio Castro (PL) - 16%

Cyro Garcia (PSTU) - 12%

Juliete (UP) - 12%

Eduardo Serra (PCB) - 10%

Rodrigo Neves (PDT) - 9%

Paulo Ganime (Novo) - 7%

Luiz Eugênio Honorato (PCO) - 7%

Votariam em todos os candidatos - 3%

Não sabem/ não opinaram - 16%

A avaliação do governo Cláudio Castro também melhorou em relação ao último levantamento do Ipec. Agora, 32% dos eleitores consideram a atual gestão ótima ou boa, uma oscilação positiva no limite da margem de erro ?eram 29% na pesquisa anterior. Consideram o governo Castro ruim ou péssimo 22% (eram 23%), a avaliação regular se manteve em 36%. Não sabem ou não opinaram 11% do eleitorado (contra 12% na pesquisa anterior).

O nível de confiança do levantamento é estimado em 95%. A contratante Globo Comunicação pagou R$ 117.132,17 pela pesquisa, com recursos próprios.

A pesquisa Ipec divulgada nesta terça foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número de identificação RJ-01599/2022. Foram entrevistados presencialmente 1.504 moradores do estado do Rio entre os dias 3 e 6 deste mês em 38 cidades fluminenses.

SOBRE O IPEC

O Ipec foi fundado em fevereiro de 2021 por ex-executivos do Ibope, instituto que encerrou as atividades após término do acordo de licenciamento da marca. Desde então, o Ipec segue a proposta de fazer as pesquisas nas casas dos eleitores, observando a distribuição dos votantes com base nos dados do último Censo, de 2010, da Pnad Contínua 2020 e os dados do TSE deste ano.

Comparadas com as pesquisas telefônicas, as presenciais tendem a ter menor rejeição, de acordo com o colunista do UOL José Roberto Toledo. "Pessoas que trabalham quase não atendem chamadas de números desconhecidos durante o expediente. Por esse e outros motivos, a taxa de recusa para pesquisas telefônicas tende a ser mais alta", explica.