Aprovação de Bolsonaro sobe para 37%; reprovação recua para 40%, mostra Datafolha

Por IGOR GIELOW

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O desempenho melhor do que o previsto do presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno da disputa pelo Planalto, no domingo passado (2), se refletiu em uma melhor avaliação de seu governo.

Segundo a mais recente pesquisa do Datafolha, 40% dos eleitores consideram a gestão de Bolsonaro ruim ou péssima --eram 44%. Já a classificam como ótima ou boa, 37% (eram 31%), e 22% dizem a avaliar como regular (eram 24%).

Nesta primeira rodada de pesquisa do segundo turno, o Datafolha ouviu 2.884 eleitores em 179 cidades, entre quarta (5) e esta sexta-feira (7). Contratado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, o levantamento está registrado no TSE sob o número BR-02012/2022 e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, considerando o índice de confiança de 95%.

Na mais recente ocasião em que havia feito o questionamento, de quarta (27) a quinta (29) da semana passada, o instituto aferiu 44% de reprovação, 31% de aprovação e 24%, de nota regular dada a Bolsonaro.

Ao longo da campanha, o ruim/péssimo associado a Bolsonaro oscilou de 48% a 44%, uma estabilidade. Já foi pior: em dezembro de 2021, o presidente marcou seu pior índice, com 53% de reprovação.

Já a aprovação teve um crescimento: era de 25% em maio e chegou à casa dos 30% em setembro, quando empacou e ficou oscilando nesta faixa. Tradicionalmente, governos têm melhoria de aprovação em ano eleitoral, com a adoção de medidas populistas ou populares e a maior exposição do presidente.

Bolsonaro focou seu trabalho nesse sentido em abrir o cofre para gastos sociais. Viu aprovada uma PEC que lhe garantiu R$ 41,5 bilhões até o fim do ano, aumentou o Auxílio Brasil para 20 milhões de famílias mais necessitadas e, principalmente, promoveu uma intervenção na política de preços administrados da Petrobras para baixar o valor cobrado por combustíveis.

Há dúvidas sobre a viabilidade fiscal da continuidade dos gastos em 2023, contudo, e o recente corte de produção internacional de petróleo, no contexto da Guerra da Ucrânia, fez aumentar a defasagem entre os preços mundiais e o praticado pela Petrobras, o que gera pressões na estatal.