Lula tem 54% no 2º turno, ante 38% de Bolsonaro, aponta Datafolha

Por IGOR GIELOW

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Às vésperas do primeiro turno da eleição, que pode ser vencido diretamente por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os eleitores dão ao petista vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) caso a disputa vá para a rodada final: 54% dizem que votariam no ex-presidente em 30 de outubro, ante 38% que preferem o incumbente.

A simulação de segundo turno foi feita pelo Datafolha na sua derradeira pesquisa antes da votação deste de domingo (2), colhida de sexta (30) a sábado (1º) e tem margem de erro de dois pontos para mais ou menos. O nível de confiança é de 95%.

Para haver um segundo turno, pela regra vigente, o candidato precisa ter 50% mais um voto entre os válidos, que excluem brancos e nulos (e indecisos, no caso dos cenários de pesquisa). Lula está neste limiar, podendo ou não ganhar no domingo, dependendo de fatores como o tamanho da abstenção entre seus eleitores.

Se a disputa se estender por mais um mês, o petista entra nela em uma posição confortável. A vantagem sobre Bolsonaro tem se mantido estável desde o começo oficial da campanha, em agosto, com alguma oscilação de ambos os rivais.

Na pesquisa anterior, de terça (27) a quinta (29), o Datafolha havia aferido um placar semelhante, de 54% para Lula e 39%, para Bolsonaro.

Desde que o instituto da reeleição passou a valer, na eleição geral de 1998, só não houve segundo turno naquele ano, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) venceu de forma direta. Nos cinco pleitos posteriores, houve a rodada final, e em todos eles quem ficou à frente no primeiro turno acabou triunfando ao fim.

Em apenas um caso, a disputa de 2014 entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), houve alternância na liderança da corrida durante o segundo turno. Foi a eleição mais apertada da redemocratização, e a petista venceu o tucano por 51,64% a 48,36% dos votos válidos.

O instituto ouviu 12.800 eleitores em 310 municípios. O levantamento está registrado sob o número BR-00245/2022 no Tribunal Superior Eleitoral.