Tereza Cristina e Flávio despontam como opções do bolsonarismo para presidir Senado

Por JULIANA BRAGA

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A força do bolsonarismo na eleição para o Senado neste domingo (2) já está fazendo com que algumas de suas lideranças se articulem para o comando da Casa. Ao todo, foram eleitos 14 senadores apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Despontam como nomes para a presidência os da ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS) e do filho do presidente Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desperta desconfiança do Palácio do Planalto, por excesso de neutralidade, diz um interlocutor.

A favor de Tereza Cristina pesam o fato de ela ter bom trânsito com parlamentares de diferentes matizes, ser mulher, e ter a confiança do presidente. Caso se viabilize, permitiria ainda que Flávio continuasse exercendo o papel de líder do governo informal, que tocou ao longo dos quatro anos de mandato do pai.

No PL, que passa a ter 14 senadores, fala-se em filiar Tereza caso a fusão entre União Brasil e PP se concretize. Ela não ficaria confortável na mesma legenda que Luiz Henrique Mandetta (União), de quem ganhou a vaga neste domingo. Valdemar da Costa Neto, dirigente do PL, vê com bons olhos essa filiação.

Já defensores de Flávio argumentam que com o PL como maior bancada, o filho do presidente poderia assumir maior protagonismo no Legislativo. Isso, claro, em um cenário em que Bolsonaro consiga se reeleger.

Interlocutores de Pacheco avaliam que o cenário ainda está muito incerto para essas projeções. É necessário esperar não só quem será o próximo presidente da República, como também o desfecho nas eleições nos estados e a composição do próximo governo, que pode acabar levando parlamentares para a Esplanada dos Ministérios.