Segurança de Lula é reforçada para diplomação após manifestação de bolsonaristas
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A segurança do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve reforço nesta segunda-feira (12) para a diplomação após manifestação de bolsonaristas em frente ao hotel durante a madrugada.
O presidente eleito recebe nesta segunda-feira (12) no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o diploma confirmando que está apto a tomar posse.
Cerca de 15 manifestantes bolsonaristas se reuniram na frente do hotel em que Lula está hospedado em Brasília e começaram a bater panela por volta das 3 horas da manhã, o que chegou a atrapalhar outros hóspedes que estavam no local.
Entretanto, integrantes da Polícia Militar ouvidos pela reportagem disseram que não houve a confecção de boletim de ocorrência porque eles se dispersaram assim que houve o pedido para que parassem.
Por causa desse episódio, entretanto, a segurança do presidente eleito decidiu reforçar o número de agentes que irão atuar na diplomação. O quantitativo não foi divulgado porque se trata de uma informação estratégica.
Segundo membros da segurança do Lula nesta segunda-feira (12), a Polícia Militar já iria fazer o policiamento do presidente durante a diplomação. No entanto, o efetivo foi reforçado. Um ônibus da PM estava em frente ao hotel na manhã desta segunda.
Em nota, a PM do Distrito Federal afirmou estar no local "realizando policiamento preventivo" e que, "de forma estratégica", o veículo estava estacionado em local "que possibilite rápido deslocamento da tropa, em caso de acionamento para acompanhar manifestação".
Já dentro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a segurança continua reforçada, assim como foi na posse do presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes. Com isso, é necessário, por exemplo, passar por dois detectores de metal.
Agentes da Polícia Federal também monitorarão o perímetro do TSE e, como de costume, parte do efetivo realizará uma varredura antibomba na área. Pouco antes das 12h30, um helicóptero da Polícia Federal sobrevoou o hotel onde o petista está hospedado.
A cerimônia reforça a vitória eleitoral em meio a atos antidemocráticos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na tentativa de reeleição.
Lula afirma que vai terminar de definir a composição do primeiro escalão de seu governo nos dias seguintes à diplomação. Os primeiros nomes, como de Fernando Haddad para comandar o Ministério da Fazenda, foram anunciados na sexta-feira (9).
O petista e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), vão receber os diplomas assinados pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, um dos alvos principais de manifestações bolsonaristas e dos discursos do próprio presidente.
Lula, Alckmin e Moraes devem discursar no evento do TSE. Em 2018, quando foi diplomado, Bolsonaro elogiou a Justiça Eleitoral e disse que governaria para todos.
Ainda que simbólica, a diplomação ganhou maior relevância em 2022. Bolsonaro e seu partido, o PL, promovem contestações com argumentos frágeis contra o resultado eleitoral e insuflam manifestações antidemocráticas nas estradas e em frente aos quartéis.