Lula cancela viagens a SP e MG por recomendação médica antes de cirurgia

Por RENATO MACHADO

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) cancelou por recomendação médica duas viagens que faria na próxima semana, para o lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em São Paulo e Minas Gerais.

Os dois eventos acabaram cancelados. Seria a primeira investida nos estados dos dois principais adversários do governo federal no momento, nomes ventilados como possíveis candidatos ao Planalto em 2026, o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o mineiro Romeu Zema (Novo).

Os eventos aconteceriam na semana em que o presidente programa uma cirurgia para tratar de uma artrose no fêmur. O procedimento ainda não foi agendado, mas a Presidência da República estima que ele será realizado na próxima sexta-feira (29), em Brasília.

O presidente vem se queixando de fortes e constantes dores, segundo aliados.

Os eventos do Novo PAC em São Paulo e Minas Gerais não chegaram a ser confirmados oficialmente, mas o Palácio do Planalto já vinha divulgando informalmente que seria realizado e que contariam com a participação do presidente. A expectativa era de que ao menos o governador paulista participasse.

Com a ausência de Lula, eles foram cancelados, para que o chefe do Executivo possa participar em outro momento.

Lula chegou a divulgar durante a sua transmissão, Conversa com o Presidente, que iria participar do lançamento do PAC em Minas Gerais e em São Paulo. Em tom desafiador, cobrou a participação dos governadores nos eventos, mas falou que eles iriam acontecer com ou sem a presença deles.

"Eu quero ver se na outra semana eu consigo ir a Minas Gerais e a São Paulo, para discutir os investimentos do estado de São Paulo. Vamos tentar fazer um ato, vamos tentar a participação do governo do estado. Se [Tarcísio] quiser participar, se não quiser participar, a gente fará o ato do mesmo jeito", afirmou.

"Mas, como nós somos civilizados, nós vamos fazer e convocar o governador, porque é importante ele estar, porque os compromissos que nós vamos assumir são com eles também. Se vamos emprestar dinheiro do governo federal, do BNDES, para fazer a ferrovia Campinas-São Paulo, nós queremos que o governador esteja presente, afinal de contas é o estado de São Paulo que vai fazer", completou.