Janja cobra punição após ter rede social invadida e cita ódio, intolerância e misoginia

Por MATEUS VARGAS

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, cobrou nesta terça-feira (12) punição ao invasor do seu perfil no X.

A conta foi hackeada na noite anterior e passou a publicar ofensas contra a própria primeira-dama, além de menções ao escândalo do mensalão e ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

"Na noite de ontem, os ataques de ódio e o desrespeito que eu sofro diariamente chegaram a outro patamar. Minha conta do X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim", afirmou Janja em publicação no Instagram.

O Palácio do Planalto informou que acionou a plataforma e a Polícia Federal, que está investigando o caso por meio da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos. No X, a esposa do presidente possui 1,2 milhão de seguidores.

Por volta das 22h35 desta segunda, a PF informou que, por solicitação da corporação, a plataforma X havia bloqueado o acesso do hacker ao perfil de Janja. Minutos mais tarde, as publicações do perfil da primeira-dama foram apagadas.

A primeira-dama disse que foram feitas publicações machistas e criminosas, "típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei".

"Eu já estou acostumada com ataques na internet, por mais triste que seja se acostumar com algo tão absurdo. Mas a realidade é que a internet é um espaço potente para o bem e para o mal. E é comprovado que nós, mulheres, somos as que mais sofrem com os ataques de ódio aqui nas redes. O que eu sofri ontem é o que muitas mulheres sofrem diariamente", afirmou Janja.

A primeira-dama disse ainda que mulheres são vítimas de ataques machistas nas redes sociais e fora delas. "Milhares de mulheres perdem ou até tiram a própria vida a partir de ataques como o que sofri na noite de ontem."

Janja disse que a PF e o X foram acionados imediatamente e "estão tomando as devidas providências". "O ódio, a intolerância e a misoginia precisam ser combatidos e, os responsáveis, punidos."

Em nota, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) disse que "repudia veementemente o ataque hacker à conta" da primeira-dama.

"Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. Não serão tolerados crimes, discursos misóginos, o ódio e a intolerância nas redes sociais", afirmou ainda.