Condenado por homicídio em Cataguases será transferido para outro presídio no interior da Bahia

MPMG já solicitou ao Departamento Penitenciário de Minas Gerais que o criminoso seja transferido para um presídio mineiro.

Por Redação

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Audiência de custódia realizada nessa quarta-feira, 16 de outubro, em Santa Cruz de Cabrália, no interior da Bahia (BA), manteve a prisão de Pedro Marques Motta, autor de um homicídio cometido em 2006, no município de Cataguases, no interior de Minas Gerais. O criminoso, um dos alvos do programa MPMG Busca, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi preso no último dia 13. A prisão havia sido decretada em 2021. A Justiça da Bahia determinou a transferência de Pedro para Feira de Santana, também no interior baiano. O MPMG já solicitou ao Departamento Penitenciário de Minas Gerais que o criminoso seja transferido para um presídio mineiro.

Pedro Motta foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato de um proprietário de um restaurante, em Cataguases, na Região da Zona da Mata, seguido da tentativa de assassinato de uma mulher.

De acordo com as investigações, o criminoso é dentista aposentado e possui boa condição financeira, sendo, inclusive proprietário de fazendas na BA. Ele estava foragido na zona rural de Cabrália há aproximadamente três anos, onde recebia suporte de familiares e amigos.

O mandado de prisão foi cumprido por policiais que integram do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar (Caocrim), do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber) e do Gabinete de Segurança e Inteligência (GSI), todos do MPMG.

O crime

Conforme denúncia da 3ª Promotoria de Justiça de Cataguases, apresentada à Justiça em 2007, no dia 9 de novembro de 2006, nas proximidades do Restaurante Canto Mineiro, no centro de Cataguases, Pedro Motta, de forma livre e consciente, utilizando uma pistola calibre 7.65, disparou contra a ex-mulher, à época dos fatos com 36 anos, que ficou ferida. Depois, com a mesma arma de fogo, Pedro atirou contra um homem de 39 anos, causando-lhe lesões que ocasionaram a morte da vítima. As investigações apontam que Pedro estava inconformado com o namoro da ex-mulher com o homem assassinado.

Ainda de acordo com a denúncia, Pedro e a mulher foram casados entre setembro de 2003 e agosto de 2006. Numa tentativa de reatar o relacionamento, poucos meses antes do homicídio consumado e da tentativa, eles tiveram uma conversa. No entanto, em um determinado momento, Pedro aplicou uma “gravata” na mulher e colocou uma faca no pescoço dela, ameaçando-a de morte. As investigações apontam Pedro já havia ameaçado a ex-mulher em outras ocasiões.

Para o MPMG, “os crimes foram praticados por motivo torpe, ou seja, em razão de a mulher não reatar o relacionamento com o então denunciado e manter um namoro com outro homem".