Gerência de Futebol analisa atuação do Tupi em 2009

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Gerência de Futebol analisa atuação do Tupi em 2009Para o gerente de futebol, Pitti, erros de arbitragem e desfalques foram principais motivos para rendimento abaixo do esperado nas competições de 2009

Clecius Campos
Repórter
9/12/2009

O ano de 2009 não foi dos melhores para o Tupi. Os resultados, abaixo do esperado, nas quatro competições que disputou durante o ano, são motivos de lamentação do gerente de futebol do clube, Pitti. A primeira decepção foi a eliminação na Copa do Brasil, depois da derrota para o Criciúma, no Estádio Heriberto Hülse, em Santa Catarina.

"Disputamos a Copa do Brasil na mesma época em que buscávamos um bom resultado no Campeonato Mineiro. A impressão que temos é de que o time não se encaixou e acabamos tendo resultado aquém da expectativa."

Segundo o cabeça de toda a programação futebolística da agremiação, a derrota contra o Cruzeiro por 7 a 2 em casa, no jogo de volta das quartas-de-final do Campeonato Mineiro, foi mais uma tristeza. "Tínhamos grande expectativa, mas pegamos um time forte nesta etapa e acabamos eliminados", avalia.

Após a saída da equipe das duas competições que iniciaram o ano, o Tupi partiu para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. A equipe empatou sem gols contra o Madureira na estreia, e ao longo das partidas, o empate foi uma constante. Dos 36 jogos disputados pela Série D, 15 terminaram em empate. Mesmo com os resultados pouco expressivos, a equipe chegou às quartas de final da competição. No final de setembro, derrota fora de casa para o Macaé eliminou o Carijó do torneio e da possibilidade de ascender para a Série C.

"Não subimos devido a alguns detalhes, principalmente um erro de arbitragem, ocorrido no jogo contra o Macaé. O lance do impedimento que resultou em gol para o Macaé, associado ao critério de maior número de gols fora de casa, prejudicou a equipe."

Já a má atuação na Taça Minas, com a eliminação do Carijó no jogo de volta da semifinal contra o Uberaba, foi atribuída a desfalques sofridos pelo time. "Esperávamos o bicampeonato, mas no momento final da competição tivemos vários jogadores problemas de contusão, como o Ademilson, o Michel, o Hugo e o Rafael Aguiar. Faltou um pouco mais de força para a equipe vencer."

Segundo Pitti, a expectativa para 2010 é começar o ano compondo o quadrangular final do Campeonato Mineiro 2010. Para isso, a diretoria segue com contratações a fim de formar uma equipe mais forte. Os próximos reforços esperados poderão vir, via empréstimo, do Atlético Mineiro. Os nomes cotados para compor a equipe são do volante Denilson e dos meias Chiquinho e Yuri.

Dívida e venda da sede

Em maio deste ano, o Tupi anunciou ter dívidas referentes a impostos, de cerca de R5 5,5 milhões com a União, o Estado e o município. A venda de 50% da sede, avaliada em R$ 7,8 milhões seria a solução do problema e foi discutida pelo conselho do clube. Os problemas financeiros não pararam por aí. A busca por patrocinadores é uma constante do clube, que, em outubro de 2009, assumiu dever salários a alguns de seus atletas. A culpa pelo atraso foi atribuída à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), que não estaria cumprindo o repasse mensal garantido por lei, no valor de R$ 30 mil, desde maio deste ano.

Na ocasião, a administração municipal se defendeu, afirmando que o pagamento relativo ao mês de maio teria sido feito no dia 1º de junho e que durante os meses de junho e julho o Tupi não teria direito a verba por não estar disputando campeonato da primeira divisão organizado pela FMF ou pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Os textos são revisados por Madalena Fernandes

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