Juiz de Fora tem mais de 1.400 casos confirmados de dengue em 2023

Dados da SES-MG são de janeiro a novembro e também apontam casos confirmados de chikungunya. Há uma morte em decorrência da dengue.

Por Redação

O mosquito que transmite a dengue, Aedes Aegypti

De janeiro até essa segunda-feira (5), Juiz de Fora já confirmou 1.448 casos de dengue, além de uma morte em decorrência da doença. No mesmo período, foram 21 casos confirmados de chikungunya e nenhum registro de zika vírus.

Em todo o estado, no mesmo período, foram 288.522 casos confirmados de dengue, além 76 mortes em investigação e outras 181 confirmadas. Os casos confirmados de chikungunya foram 71.756, com 41 óbitos confirmados e outros 19 em investigação. Outros 28 casos de zika vírus foram confirmados; não há mortes em decorrência dessa doença. 

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nessa segunda-feira (6). Segundo a pasta, o mosquito Aedes aegypti, principal transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya foi identificado em 97,8% dos municípios do Estado de Minas Gerais.

"Faça a sua parte: cuide do seu espaço e previna-se! A responsabilidade de eliminar os focos do mosquito é de todos", ressalta o governo do estado. 

Sinais de alarme

A infectologista pediátrica que atua no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da SES-MG, Daniela Caldas Teixeira, explica que, na dengue, os sinais de alarme e agravamento do quadro costumam ocorrer exatamente na fase em que a febre passa. São eles: dor abdominal intensa, vômitos recorrentes, sensação de desmaio, sangramentos, sonolência ou irritabilidade. “Por isso, o paciente deve ser orientado a retornar imediatamente na presença de sinais de alarme ou no dia da resolução da febre para reavaliação”, ressalta.

Já na chikungunya, a recomendação é retornar ao médico se o uso dos medicamentos prescritos não estiver aliviando a dor. “O paciente deve procurar novamente o atendimento em caso de dores intensas não controladas com as medicações previamente prescritas, persistência da febre por mais de cinco dias, aparecimento de sinais de gravidade ou persistência dos danos articulares”, explica Daniela.

De acordo com a médica, não existem sinais de alarme específicos para a zika. “O maior alerta é voltado para gestantes com casos suspeitos ou confirmados de zika, que devem ser acompanhadas conforme protocolos vigentes para o pré-natal, desenvolvidos pelo Ministério da Saúde”, observa.

LIRAa

O Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LirAa) de 2023, realizado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) em agosto, apontou que Juiz de Fora reduziu o risco de infestação em relação aos levantamentos anteriores. Foi registrado índice de infestação de 0,6, o menor desde 2007, classificado como de "baixo risco” pelo Ministério da Saúde.

Segundo o Executivo, o levantamento mostrou ainda que a maioria dos focos estão dentro das residências. O tipo de depósito mais frequente foram vasos/frascos com água, pratos, garrafas retornáveis, considerados depósitos móveis, seguidos de obras, calhas e estruturas abandonadas ou em desuso. 

Denúncias

O combate ao Aedes deve ser feito por todos e a população pode ajudar com denúncias anônimas sobre focos na cidade e região. 

O MonitorAr pode ser acessado em qualquer navegador. Ele roda em todas as plataformas: smartphones, tablets, notebooks e computadores. É um sistema em que as pessoas podem realizar denúncias de locais de criadouros do mosquito.

A população também pode denunciar por meio do WhatsApp, pelo número (32) 98432-4608, por ligação telefônica pelo 3212-3070 ou pelo e-mail dengue@pjf.mg.gov.br.