Aumenta o número de municípios da SRS de Juiz de Fora que fazem teste rápido molecular de tuberculose
Em 2018, apenas 24% das 37 cidades, ou seja, quase 9, faziam o teste rápido. Este ano, subiu para 75,7%, 28 municípios.
Mais municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora realizam o teste rápido molecular de tuberculose (TRM-TB). Os dados do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) foram divulgados nessa quinta-feira (14).
Os municípios que fazem o teste são: Andrelândia, Aracitaba, Belmiro Braga, Bias Fortes, Bicas, Bocaina de Minas, Bom Jardim de Minas, Chácara, Chiador, Coronel Pacheco, Descoberto, Ewbank da Câmara, Goianá, Guarará, Juiz de Fora, Liberdade, Lima Duarte, Maripá de Minas, Matias Barbosa, Olaria, Oliveira Fortes, Passa Vinte, Piau, Rio Novo, Rio Preto, Santa Rita de Jacutinga, Santana do Deserto, Santos Dumont, São João Nepomuceno e Senador Côrtes.
Foi feito um estudo que avaliou o impacto da capacitação das equipes de saúde dos municípios para ampliação da testagem de tubérculos. O trabalho foi desenvolvido pelas servidoras Ana Amélia Pereira Dias e Liliane de Souza Vieira. Em 2018, apenas 24% das 37 cidades, ou seja, quase 9, faziam o teste rápido. Este ano, subiu para 75,7%, 28 municípios.
No dia 20 de dezembro, a SES/MG informou, por meio da SRS de Juiz de Fora, que o percentual subiu para 81,08% e 30 municípios fazem o teste.
“Apesar dos esforços, ainda temos 9 municípios, dentre os capacitados, que não utilizam o TRM-TB. No entanto, a estratégia se mostrou eficaz e replicável para outras populações vulneráveis”, destacou analista do laboratório macrorregional, Liliane de Souza.
Entre 2018 e 2022, os 37 municípios que compõem a SRS registraram 1.824 casos de tuberculose. No ano de 2021, a regional teve o menor percentual de cura da doença, 49,5%, e a maior taxa de abandono do tratamento, 30,8%.
O parâmetro para definir se a tuberculose está controlada é baseado no coeficiente de incidência. Para cada 100 mil habitantes deve haver em torno de 10 casos. Dessa forma a doença estará sob controle. Na Regional de Juiz de Fora, em 2022, o coeficiente foi de 43,67 casos a cada 100 mil habitantes.
Estudo
Desde 2018, a Superintendência Regional de Saúde de Juiz de Fora, por meio do núcleo de vigilância em saúde, promove uma série de capacitações anuais sobre a tuberculose, voltadas para profissionais de saúde dos 37 municípios da área de abrangência.
As capacitações são conduzidas pela referência técnica em tuberculose da Regional de Saúde, Ana Amélia Pereira Dias, e têm como objetivo ampliar a utilização do TRM-TB.
A referência técnica em tuberculose explica que o TRM-TB foi implantado no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2014. No entanto, até 2018, era pouco utilizado pelos municípios da área de abrangência da regional. “Por ser uma ferramenta essencial para a detecção precoce e, consequentemente, para interrupção da transmissão da doença, o uso do TRM-TB deve ser ampliado e incentivado nos serviços de saúde”, observa Ana Amélia.
Mais informações sobre a doença podem ser encontradas no site da SES/MG.
Fique atento
- Com apenas 15 dias de tratamento, na maioria dos casos, a pessoa com tuberculose passa a não transmitir mais a doença.
- O diagnóstico e tratamento são disponibilizados pelo SUS.
- O tratamento tem duração mínima de 6 meses e não deve ser interrompido antes desse período para evitar o agravamento do quadro. É importante realizar o tratamento até o fim, mesmo se não houver mais sintomas.
- Contato com objetos pessoais da pessoa com tuberculose, como lençóis, copos, toalha, etc., não transmite a doença.
- A tuberculose é transmitida pelo ar, de pessoa para pessoa, por meio da tosse, fala e espirro.
- Quando o tratamento é seguido corretamente, não há contágio.
- Ambientes arejados e iluminados diminuem o risco de transmissão da doença, principalmente quando há luz solar. Por isso, é importante que os ambientes sejam ventilados e tenham luz solar direta.