Sarcopenia: A perda de Massa Muscular

Por

Sarcopenia: A perda de Massa Muscular

Sarcopenia: A perda de Massa Muscular

Amanda Beloti 26/02/2020

Uma das mais importantes alterações que ocorrem com o envelhecimento natural é a diminuição da massa muscular esquelética (sarcopenia).

A força muscular atinge seu máximo vigor antes dos 30 anos. Daí em diante, ocorre um declínio natural significativo, tornando-se clinicamente perceptível aos 60 anos. Acima disso, indivíduos saudáveis entre 70-80 anos tem uma perda entre 20 e 40% da sua força física muscular. E a sarcopenia tem um impacto significativo na saúde.

Na imagem abaixo vemos um corte transversal, que mostra em cinza escuro a massa muscular – e em cinza claro o tecido formado por pele + gordura. Veja como muda com a progressão da idade:

Está enganado quem pensa que os músculos fortes e torneados só servem para aumentar a autoestima dos jovens diante do espelho. Sem os músculos, qualquer corpo acaba ruindo. Ficamos incapazes de andar, de nos levantar, de abaixar para pegar um objeto no chão e de fazermos nossas atividades de vida diária com independência. O problema é que nas faixas etárias mais jovens, por questões estéticas, o indivíduo repara nos próprios músculos. Mas, ao passar dos 50 anos, isso deixa de ser uma preocupação, o que pode se tornar um grande transtorno. Por não reparar mais nesse aspecto estético, a perda da massa muscular acaba passando despercebida, o que poderia ser evitado – bem como suas implicações.

E a desvantagem acaba sendo maior nas mulheres, porque o sexo feminino normalmente tende a ter menos massa muscular que o masculino.

A sarcopenia deveria ser levada em consideração tanto quanto a osteopenia e a osteoporose, pois elas caminham juntas. E ossos e músculos são igualmente importantes para nosso envelhecimento saudável. Mas como as dores articulares e as fraturas são mais evidentes, a preocupação com a sarcopenia fica para trás.

Como todo processo associado ao envelhecimento, alguns fatores prejudicam o nosso corpo, como a escassez de testosterona. A falta desse hormônio repercute na produção de proteínas, fundamentais na formação dos músculos. Nas mulheres, a partir da menopausa, o impacto é ainda maior. Além disso a tendência ao acúmulo de gordura aumenta com a idade – a famosa frase “estou perdendo músculo para gordura”. O acúmulo tende a ser maior na barriga - nos homens, e nos quadris - nas mulheres. E ele vem frequentemente acompanhado pela propensão à resistência a insulina, situação que precede o diabetes. E se a gravidade de problemas de saúde exigirem internação, aí que os músculos “murcham” para valer, visto que a imobilidade é um dos principais aceleradores da sarcopenia. Por exemplo, uma pessoa de 80 anos internada por 10 dias perde 10% de sua massa muscular corporal. Por isso também o acompanhamento nutricional é tão importante nas nossas vidas.

Portanto, não fique aí parado esperando o tempo passar. Inicie já atividades físicas supervisionadas e atrase o processo de envelhecimento enquanto pode!

Obrigada pela leitura e até a próxima!