Fonoaudiologia e Odontologia no tratamento da m? oclusão

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Cal Coimbra 20/1/2011


Fonoaudiologia e Odontologia no tratamento da má oclusão 

A má oclusão é motivo comum para uma consulta ao ortodontista e ao fonoaudiólogo por consequência de alterações na articulação das palavras. A genética é o fator importante que está envolvido na má oclusão. Existem ainda fatores adquiridos durante o desenvolvimento da linguagem e dos ossos da face. O início da sucção do polegar, do uso incorreto da chupeta ou mamadeira, da posição unilateral de colocar o bebê para dormir também são fatores que contribuem para a má oclusão com prejuízos significativos na fala.

A oclusão dentária é o resultado do movimento sinérgico onde atuam a mastigação, a respiração e a fala. A má-oclusão é o resultado de distúrbios dessas funções, que podem ocasionar prejuízos estéticos e funcionais, provocados pelo desalinhamento dos dentes e o modo incorreto como os dentes superiores e inferiores se encaixam, prejudicando a mordida.

No acompanhamento dessa dinâmica precisam atuar juntos o odontólogo e o fonoaudiólogo. Esses profissionais vão atuar no favorecimento da condição miofuncional orofacial, visando à correção e a estabilidade do complexo orofacial. Isto significa estabelecer harmonia de movimentos entre os ossos da face, dos dentes com a musculatura orofacial.

O tratamento interdisciplinar inclui a melhoria da saúde como um todo, chegando mesmo à melhoria da estética que pode gerar problemas psicológicos, envolvidos na aceitação ou não da aparência. Ele pode eliminar a força excessiva nos dentes e na mandíbula para diminuir o risco de se quebrar um dente e de reduzir os sintomas de distúrbios da articulação temporomandibular (DTM).

Quanto mais cedo iniciar o tratamento com orientações preventivas, que vai desde as primeiras semanas de vida – evitar uso prolongado da chupeta, de preferência não fazer uso dela, uso correto da mamadeira, incluindo o tamanho mínimo do furo do bico e a posição adequada do corpo do bebê em relação ao corpo da mãe -, mais chance terá a criança de evitar tratamentos ortodônticos e fonoterapia prolongados.



Cal Coimbra
é psicóloga e doutora em Fonoaudiologia