Somente em estado de tranquilidade m?e e beb? conseguem se comunicar ainda no ?tero
Comunicando com seu bebê
"No bebê está o futuro do mundo.
A mãe deve segurá-lo apertado;
assim ele saberá que o mundo é seu.
O pai deverá levá-lo à montanha mais alta;
assim ele poderá ver com o que
seu mundo se parece."
O meio ambiente no útero parece uma sinfonia de sons e vibrações, fato observado através de pesquisa, ao se colocarem microfones muito pequenos junto ao bebê aos seis ou sete meses da gestação.
Observou-se que é possível comparar o volume de sons maternos (zunido do sangue correndo nos vasos sanguíneos, batimentos cardíacos, ruídos intestinais, e até mesmo a voz da mãe) com o volume de uma rua moderadamente movimentada. Durante a gestação, os pais e as mães sentem emoções diferentes por estarem compartilhando sentimentos, procurando compreender o mundo complexo do bebê, e isso faz parte do caminho de se tornarem mãe e pai.
Nenhuma mãe duvida, hoje em dia, que seu bebê a reconheça, antes que ele pronuncie seu nome, antes que ele chore na presença de um estranho, antes mesmo que ele sorria.
As capacidades discriminativas do recém-nascido são a visão, o olfato e o paladar, a audição, as coordenações entre visão e audição, a visão e a preensão, bem como a visão e a motricidade. Essas extraordinárias capacidades o fazem ser ativo capaz de ver, ouvir, desejar, escolher objetos, pessoas ou situações e até tentar interferir nos acontecimentos para chamar atenção sobre si.
Também no contexto de vida ativa do bebê estão os estados de consciência, que vão desde o sono profundo até o choro forte.
O bebê de termo pode se auto-organizar e se defender de alguma situação que não lhe esteja sendo agradável, podendo também mudar seus estados de consciência. Quando ele não consegue essa mudança, como mecanismo de defesa, pode chegar a um nível alto de estresse, comprometendo significativamente seu desenvolvimento. Regurgitar, desviar o olhar, arquear os ombros, apresentar náuseas, por exemplo, são estratégias autoprotetoras, que precisam ser levadas em conta como sinal de alerta contra o estresse e as implicações na comunicação.
Para aprofundamento no assunto, recomendo livros de Klaus&Klaus.
Mais artigos
- Fatores psicossomáticos precisam ser estudados para facilitar a análise vocal
- A fala nos sentimentos e nas emoções infantis
- A comunicação saudável é imprescindível na educação familiar
Cal Coimbra
é psicóloga e doutora em Fonoaudiologia