Número de transplantes renais inter-vivos supera o de doador falecido na Santa Casa. Expectativa é que e esse número aumente
Segunda-feira, 13 de outubro de 2008, atualizada às 17h27
Número de transplantes renais inter-vivos supera o de doador falecido na Santa Casa. Expectativa é que e esse número aumente
Repórter
A Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora está completando 25 anos desde o primeiro transplante de rim. Nestes anos, foram 275 transplantes sendo que o número de inter-vivos supera o de doador falecido, realizado somente por este hospital em Juiz de Fora. O primeiro corresponde a 68% do total, enquanto o segundo é de 32%.
Para o nefrologista Sebastião Ferreira, o número é considerado baixo se for levado em consideração o fato de serem realizados pouco mais de dez transplantes por ano. Entretanto, não é uma quantidade pequena por se tratar de uma cidade do interior. Segundo ele, de 1983 a 1990 foram apenas nove transplantes, cerca de um por ano, na Santa Casa.
O médico explica que o número de cirurgias inter-vivos se mantém estável nos últimos anos. Entretanto, a preocupação está em torno das doações de falecidos, cujo número tem caído. "Isso pode estar acontecendo por falta de divulgação ou consciência das pessoas sobre a morte encefálica"
.
O médico explica que Juiz de Fora é uma cidade preparada para transplantes de cadáveres, o que acontece desde 1992. A expectativa é que o número aumente. "Agora, temos uma central de captação de órgãos na cidade"
, completa ele.
Evento para comemorar cirurgias
Para comemorar os 25 anos de transplantes renais na Santa Casa, uma Jornada Médica vai acontecer nos dias 31 de outubro e 1º de novembro no salão nobre do hospital. O evento vai reunir a comunidade acadêmica e médicos de todas as áreas. Na oportunidade, tudo o que já foi realizado na área e as ações futuras vão ser discutidas.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 24 de outubro na Direção de Ensino da Santa Casa ou pelo telefone (32) 3229-2348. As vagas são limitadas.