Cerca de trás mil idosos com Alzheimer são tratados em Juiz de Fora

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Segunda-feira, 28 de junho de 2010, atualizada às 10h59

Cerca de três mil idosos com Alzheimer são tratados em Juiz de Fora

Carolina Gomes
Repórter

O Alzheimer é uma doença neurológica cada vez mais incidente na população idosa. De acordo com o cardiologista Márcio Fernando Borges, existem cerca de três mil idosos com a doença sendo tratados em Juiz de Fora.

Segundo Borges, os casos antes dos 60 anos são raros. Entre 60 e 70, um a cada dez idosos pode desenvolver a doença. Dos 70 aos 80 anos, a incidência é de 10% e acima dos 80 anos, de 30%. Apesar de ser a doença mais estudada no mundo, não se sabe a causa do Azheimer e a ciência ainda está longe da cura.

O cardiologista informa os principais sintomas que a família deve observar no diagnóstico da doença são o esquecimento e a confusão. O idoso perde a memória de curto prazo, não se lembra de coisas que fez no dia ou na semana anterior. A pessoa percebe que não consegue levar sua vida normalmente e passa a ter alterações comportamentais, algumas se isolam e outras se tornam agressivas.

O tratamento é feito com base na manutenção da qualidade de vida desses idosos. Por isso, Márcio ressalta que a informação é de suma importância para que a família possa cuidar. "Muitas famílias acabam levando o idoso para clínicas de repouso, por não ter condições de lidar com o paciente."

Márcio explica que nas fases mais avançadas os pacientes têm problemas motores e na alimentação, além de outros agravantes da doença. Ele diz ainda que existem alguns medicamentos que tendem a amenizar um pouco as dificuldades com a memória, porém possuem efeitos colaterais muito fortes e não trazem um resultado tão satisfatório. 

Sete Histórias de Alzheimer

O cardiologista será lançado nesta segunda-feira, 28 de junho, às 19h, na Sociedade de Medicina e Cirurgia, o livro Sete Histórias de Alzheimer. De acordo com Borges, que é presidente da Associação Brasileira de Alzheimer - Regional Minas Gerais, o livro é resultado de 13 anos de trabalho na entidade. "As histórias foram selecionadas a partir das reuniões mensais que fazemos com as famílias, nos grupos de autoajuda que existem desde 1997."

Borges relata que as sete histórias falam de cada fase específica da doença, da descoberta até a fase mais crítica. Ele ressalta que o foco principal do livro é levar informação às famílias que lidam com idosos com Alzheimer. "O melhor tratamento que a família pode dar ao idoso é estar bem informada."