Funcionários do Samu protestam por melhores condições de trabalho

Por

Terça-feira, 8 de fevereiro de 2011, atualizada às 19h

Funcionários do Samu protestam por melhores condições de trabalho

Aline Furtado
Repórter

Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Juiz de Fora realizaram, nesta terça-feira, 8 de fevereiro, uma manifestação por melhores condições de trabalho, em frente à sede do serviço, na rua Benjamin Constant. "Foi uma forma de chamar atenção do Ministério Público para os problemas que estamos enfrentando. Além disso, um modo de mostrar à população que não somos culpados de mau atendimento", destaca a vice-presidente da Associação dos Servidores Públicos de Urgência e Emergência da Saúde de Juiz de Fora (Ameta), Valéria Antonelli.

Entre os problemas enfrentados pelos profissionais, segundo Valéria, estão a falta de estrutura básica para atender à população, a falta de profissionais, desvio de função, além da discriminação funcional entre os terceirizados e os funcionários. "Chegamos a não ter condições básicas de atendimento, como é o caso do cargo de Telefonista Auxiliar de Regulação Médica [TARM], que não conta com papel e caneta para anotações, muito menos computador e repetidora, que são necessários para gravação das ligações. Na sede, é possível perceber a presença de ratos e outras pragas."

Segundo dados da Ameta, atualmente, há 12 funcionários afastados por problemas emocionais e por acidentes de trabalho, causados em decorrência do sucateamento das viaturas do Samu. "Com estes afastamentos, acabamos sofrendo a falta de pessoal." De acordo com Valéria, mesmo depois da manifestação não foi dado qualquer tipo de retorno por parte da Secretaria de Saúde (SS).

Conforme informações da assessoria da SS, o número de viaturas na cidade, cinco, segue normas do Ministério da Saúde (MS), que prevê uma para cada cem mil habitantes. Das cinco ambulâncias, uma é de atendimento avançado e quatro são para atendimento básico. O quadro de funcionários do Samu é composto por 17 médicos, 20 auxiliares, 20 condutores e quatro enfermeiros. A central de atendimento conta com 13 funcionários. Ainda segundo a assessoria, a reposição de pessoal está sendo providenciado pela Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH).

Os textos são revisados por Thaísa Hosken

A Secretaria de Saúde foi convidada a enviar um representante para participar ao vivo do MGTV 1ª Edição, mas respondeu que ninguém poderia comparecer. Por telefone, a assessoria explicou que a equipe do Samu de Juiz de Fora segue a legislação do Ministério da Saúde: tem uma ambulância para cada 100 mil habitantes.

A coordenação do serviço negou problemas relacionados a falta de equipamentos, mas admitiu que há necessidade de contratar profissionais. No entanto, não há data para contratação. A assessoria disse também que a secretaria analisa as reivindicações estruturais.

Hoje, Juiz de Fora tem cinco ambulâncias que circulam 24 horas. São 17 médicos, quatro enfermeiros, 20 auxiliares de enfermagem e 20 motoristas.