Médicos da PJF votam a favor do indicativo de greve e paralisam atividades no dia 7 de abril
Médicos da PJF votam a favor do indicativo de greve e paralisam atividades no dia 7 de abril
Repórter
Os médicos da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) reuniram-se em assembleia na noite da última quarta-feira, 16 de março, e votaram a favor do indicativo de greve, aprovando, ainda, paralisação de todas as atividades do serviço público de saúde no dia 7 de abril.
"Será uma paralisação geral, que abrangerá os serviços públicos, além de ser realizado um protesto contra as operadoras de planos de saúde", destaca o presidente do Sindicato dos Médicos, Gilson Salomão. Na data da paralisação, será realizada uma caminhada da Sociedade de Medicina ao Pronto Atendimento Médico (PAM) Marechal, onde serão distribuídos panfletos, explicando os motivos da mobilização da categoria.
Os médicos aguardam uma resposta do Executivo a respeito da carta de reivindicações apresentada à PJF no dia 24 de fevereiro. "Ainda não tivemos qualquer tipo de retorno por parte da administração municipal. Por isso, a categoria votou a favor das manifestações." Entre os problemas apontados pela classe médica está a defasagem salarial. Atualmente, o piso do médico que trabalha na PJF é de R$ 1.370 para 20 horas semanais. A luta refere-se à implantação do piso salarial da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), fixado em R$ 9 mil, para a jornada de 20 horas semanais.
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Além disso, a categoria denuncia as deficiências e a precariedade das condições de trabalho. Segundo os médicos, as escalas de plantão dos serviços de urgência estão incompletas, o que dificulta que a população consiga consultas com especialistas e faz com que algumas Unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps) não tenham profissionais.
Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que contam com funcionários terceirizados, a alta rotatividade de mão de obra faz com que os pacientes esperem muito tempo pelo atendimento, de acordo com a classe, que aponta, ainda, que as condições de trabalho estão precárias, faltando prontuários, comissões de ética, diretorias clínicas, além dos equipamentos estarem deteriorados.
Durante a assembleia, foi definido que será agendada, na Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF), uma audiência pública para tratar dos problemas referentes aos médicos da Prefeitura.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken