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Após nova rodada de negociação, médicos municipais ameaçam fazer greve
Repórter
Os médicos da rede municipal de Juiz de Fora tiveram, na manhã desta quarta-feira, 16 de maio, nova rodada de negociação com representantes da Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH) para discutir a pauta de reivindicações da categoria, que se fundamenta sobre três pilares: reestruturação da carreira; elevação do vencimento básico, que hoje é R$ 1.471; e melhoria nas condições de atendimento ao público e fim da precarização dos serviços de saúde por meio de abertura de concursos públicos.
Para o secretário geral do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata, Geraldo Sette, a Prefeitura não acenou com nenhuma proposta, fato que deixa a situação "insustentável". "A Prefeitura não apresentou proposta alguma coerente em relação à nossa pauta, que foi apresentada no final de março. Vamos iniciar a mobilização para construirmos uma greve de advertência com objetivo de alertar contra o descaso em relação às nossas reivindicações", destaca o secretário-geral.
Nova assembleia está marcada para o próximo dia 29, às 19h30, na Sociedade de Medicina, quando, segundo Sette, será iniciada a mobilização em favor da paralisação. "Ainda não há prazo para início da greve, já que isso deverá ser discutido na próxima assembleia. A gente espera que até lá as negociações avancem e a Prefeitura apresente uma proposta decente", expõe Sette, garantindo que o acordo estabelecido entre o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu) e a Prefeitura não conta com a aprovação do Sindicato dos Médicos.
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O Portal ACESSA.com entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Administração e Recursos Humanos para saber do órgão avaliação sobre o andamento das negociações com os médicos, mas até a publicação desta nota não obteve retorno.
Sinserpu aceita proposta da Prefeitura
O Sinserpu aprovou, em assembleia na noite de terça-feira, 16, a proposta de reajuste salarial para a categoria apresentada pela Prefeitura, que prevê reajuste linear de 5,94%, além de reenquadramento de algumas classes, caso de auxiliar de serviços gerais, auxiliar operacional, oficial de obra I e II, encarregado I, auxiliar de biblioteca e auxiliar de administração I, II e III, que receberão aumentos diferenciados. "A assembleia deliberou por aceitar a proposta da Prefeitura, que contempla apenas 20% da categoria. O restante ficou apenas com o reajuste de 5,94%", relata o presidente do Sinserpu, Amarildo Romanazzi.
Ainda de acordo com Romanazzi, agora os esforços do Sinserpu voltam-se para os trabalhadores da Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac). "A Amac argumenta que depende da Prefeitura para poder conversar com o sindicato. Queremos recuperar salários que estão defasados, como de auxiliar de serviços gerais, ajudante operacional, cozinheiro, vigia, motorista... E que o reajuste incida sobre o salário, e não como gratificação", destaca Romanazzi.
De acordo com a assessoria de comunicação da Amac, os funcionários da associação não são servidores públicos, apenas prestam serviço para a Prefeitura. A assessoria relata também que a entidade recebeu a pauta apresentada pelo Sinserpu, que está sendo analisada, e que, no ano passado, os trabalhadores da Amac receberam o mesmo reajuste dos servidores públicos municipais.
Os textos são revisados por Mariana Benicá